Sábado, 11 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 10 de outubro de 2025
A Justiça gaúcha condenou 15 réus a penas de sete a 16 anos de prisão por envolvimento em adulteração de leite, além de lavagem de dinheiro e organização criminosa na Região Norte do Estado. Em maio de 2015, o grupo foi alvo de denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), no âmbito da oitava fase de operação “Leite Compen$ado”.
Todos os condenados poderão recorrer em liberdade das sentenças, anunciadas nessa sexta-feira (10). A ofensiva que resultou no processo foi deflagrada, na época, nos municípios de Campinas do Sul, Jacutinga e Quatro Irmãos.
No caso da fraude alimentícia denunciada pelas Promotorias de Justiça Especializada Criminal e de Defesa do Consumidor, o esquema tinha por base a mistura de água ao leite para que o produto tivesse seu volume ampliado. Também eram adicionados e produtos químicos como álcool, ureia e soda cáustica, para mascarar a irregularidade.
A ofensiva, cujas primeiras ações remontam a 2013, não parou por aí. Foi realizado um total de 13 etapas até o ano passado, tendo como alvo mais recente uma empresa de Taquara (Vale do Paranhana) e um engenheiro qúmico apontado como “mentor” técnico das adulterações nessa e em outras fases da “Leite Compen$ado”.
“A investigação demonstrou que os crimes foram praticados de forma estruturada e reiterada, com divisão de tarefas e uso de transações financeiras fraudulentas para ocultar os lucros obtidos”, relembra o MPRS. Dentre as provas obtidas pelas Promotorias especializadas também estão escutas telefônicas de transações realizadas pelos suspeitos.
(Marcello Campos)