Sexta-feira, 03 de outubro de 2025

Justiça manda para prisão comum ex-PM de São Paulo acusado de matar campeão mundial de jiu-jitsu

A Justiça de São Paulo determinou a transferência do ex-policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, acusado de matar o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, do Presídio Militar Romão Gomes para uma prisão comum. A decisão é da juíza Fernanda Jacomini e foi tomada na quarta-feira (1º).

A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público, apresentado pelo promotor João Carlos Calsavara, com base no fato de o Tribunal de Justiça Militar já ter exonerado o acusado de suas funções e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ter decretado sua demissão.

Em nota, o órgão ressalta que o Presídio Militar Romão Gomes é destinado apenas a presos que ostentem a condição de militar, seja da ativa ou da reserva.

No dia 22 de setembro deste ano, Henrique foi demitido da Polícia Militar de São Paulo. A demissão foi publicada no Diário Oficial e cumpre decisão do TJMSP (Tribunal de Justiça Militar) proferida em junho.

A demissão ocorreu pouco mais de três anos após a morte do lutador, em agosto de 2022. Leandro Lo, octacampeão mundial da modalidade, estava em um show no Clube Sírio, na zona Sul de São Paulo, quando foi baleado na cabeça.

Entenda o caso

O caso ocorreu em agosto de 2022, quando Leandro Lo, octacampeão mundial da modalidade, foi baleado na cabeça durante um show no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo. Desde então, o tenente Velozo permanece detido preventivamente no presídio Romão Gomes, na Zona Norte da cidade.

Segundo as investigações policiais, Leandro Lo se envolveu em uma discussão no clube. Em um primeiro momento, o lutador teria derrubado o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, que o teria provocado.

Velozo, então, teria se retirado do local e retornado armado, efetuando um disparo fatal na cabeça do atleta. Após o disparo, o policial ainda teria chutado Lo duas vezes, mesmo com o lutador já desacordado no chão, antes de deixar o local.

Henrique Velozo se apresentou à Corregedoria da Polícia Militar no dia seguinte ao crime e foi conduzido à delegacia para prestar depoimento. A Justiça decretou sua prisão temporária, que posteriormente foi convertida em preventiva. O PM foi indiciado por homicídio por motivo fútil, e o caso segue sob investigação do 16° DP, na Vila Clementino.

Apesar de estar detido preventivamente, o policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo continua recebendo seu salário de tenente da PM.

Em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo de São Paulo retomasse o pagamento do soldo mensal ao policial, sob o entendimento de que a suspensão da remuneração só seria legal após uma condenação com trânsito em julgado.

(Com informações da CNN Brasil)

 

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