Terça-feira, 06 de maio de 2025

Lady Gaga x Madonna: afinal, qual o melhor show em Copacabana? Saiba o veredito

Muitos fãs de Madonna e de Lady Gaga foram até Copacabana, no Rio, esperando que as areias da praia virassem uma pista de dança gigante. Nos dois casos, porém, receberam uma espécie de musical da Broadway. As duas popstars americanas fizeram performances teatrais com atos bem definidos e quase sem espaço para improvisos.

Clima geral do show

Madonna: O show em maio de 2024 foi pensado como uma superprodução teatral, tal qual um musical da Broadway. A ideia da Rainha do Pop era apresentar uma peça, com diferentes cenários e encenações. Mesmo assim, o clima foi um pouco mais divertido, sem a densidade que um espetáculo desse tipo pede.

Lady Gaga: O show no sábado (3) foi mais introspectivo, ainda que grandioso. A apresentação era uma “ópera gótica”, com pegada sombria, estética densa e narrativa quase cinematográfica, encenada com mais empenho e seriedade. Tudo foi bem executado tecnicamente, sem buscar um entretenimento mais leve.

Performance vocal 

Madonna: O uso de playback (vozes gravadas) e o foco na encenação criaram certa distância entre a cantora e os fãs. Madonna também optou por se apresentar sem uma banda completa: a base das canções era toda gravada.

Lady Gaga: A Mother Monster fez uso de vocais gravados, mas cantou muito mais ao vivo. Isso ficou claro em momentos em que era possível ouvir sua respiração ofegante, quando ela ia cantar após alguma coreografia intensa. No palco, Gaga também teve uma banda completa e os músicos apareciam com destaque em vários momentos.

Participações especiais

Madonna: Ela trouxe Anitta e Pabllo Vittar para participações, mas as duas apenas interagiram e não cantaram. Mesmo assim, as divas pop brasileiras trouxeram frescor ao show. As participações foram aprovadas pela maioria do público.

Lady Gaga: Optou por fazer tudo sozinha. Não chamou convidados, nem fez parcerias. A decisão reforçou o caráter autoral do show, com foco na própria voz e mensagem. O maior show da carreira talvez merecesse uma concessão ao público brasileiro, mas ela preferiu não mimar fãs desta forma. Ela sabia o que queria para sua performance e seguiu com seu conceito.

Setlist

Madonna: A “Celebration Tour” trouxe uma espécie de “best of” da cantora. Sobraram clássicos da música pop. Mas não foram apenas canções: ao vivo, cada música veio embalada em nova estética, reinterpretada de modo teatral. Madonna fez uma espécie de show currículo ou um merecido tributo a si mesma.

Lady Gaga: A base do repertório foi o álbum “Mayhem”, o sexto da carreira. Além de seu trabalho mais recente, priorizou os discos “The Fame” e “Born This Way”. São três repertórios que dão liga, voltados para o dance pop sujo e cheio de sintetizadores. Com essa escolha, deixou de fora seus outros três álbuns, e canções marcantes como “Million Reasons”, “Artpop” e “Rain on me”. Mais uma vez, preferiu um caminho mais difícil em prol de seu conceito.

Estilo visual 

Madonna: Alternou entre o místico e o urbano. Começou com coro e ambientação medieval, passou por mosteiros e ringues de luta. Cada principal era da carreira foi retratada.

Lady Gaga: Trouxe elementos góticos e simbolismos que combinavam com o tom dark. A estética era coerente com a proposta de uma “ópera gótica” emocional e densa, sem o brilho fácil do pop festivo.

No final das contas, as cantoras se superaram e mostraram um excelente show, cada um no seu estilo. (Com G1)

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