Sábado, 05 de julho de 2025

Levantamento aponta queda dos preços de ovos e café no RS em junho

O Preço da Cesta de Alimentos da Receita Estadual (PCA-RE) do Rio Grande do Sul foi de R$ 294,96 em junho, com leve alta de 0,05% na comparação com o mês anterior. O ovo de galinha puxou a fila de recuo (-7%), ao passo que o café moído ficou 2,61% mais barato. Os dados constam em levantamento com base nas notas fiscais eletrônicas emitidas pelo varejo gaúcho.

Já no acumulado de 12 meses, o valor médio da cesta subiu 4,38%, inferior à inflação de alimentos (6,94%) calculada pelo Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na análise por regiões também houve ligeiras oscilações em relação a maio. A Serra Gaúcha registrou a maior alta, com uma elevação tímida de 0,7%. Já a queda mais expressiva ocorreu na Fronteira-Noroeste, com recuo de 1,67%. A cesta dos alimentos na Região Metropolitana se manteve estável, fechando junho a um preço médio de R$ 303,47.

Os números estão publicados na última edição do Boletim de Preços Dinâmicos, divulgado mensalmente pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), por meio da Receita Estadual. O levantamento, inédito no País tem por base os preços registrados nas notas fiscais emitidas pelo varejo para calcular o preço médio dos alimentos. O boletim acompanha a variação do valor de 65 alimentos, divididos em 12 grupos correspondentes aos principais itens de consumo das famílias.

As frutas registraram a maior queda de preços, com retração de 7% no valor médio em relação a maio. A retração foi puxada principalmente pela laranja e bergamota, que assinalaram redução de 22,7% e 22%, respectivamente. O quilo da laranja, vendido a preço médio de R$ 5,40 em junho, chegou ao seu menor nível de custo nos últimos 12 meses.

Em ritmo de queda, o preço dos cereais e leguminosas recuaram 3,66% em junho. Com preço final médio de R$ 3,98 o quilo, o valor do arroz continua em declínio. O cereal teve uma queda de 4,78% em junho – no acumulado do ano a retração já chega a 27,61%.

O feijão preto também teve recuo de 1,67%, sendo encontrado no varejo a uma média de R$ 5,89 o quilo. No acumulado do ano, a redução é superior a 30%. Se considerados o arroz e o feijão, mistura preferida pelas famílias brasileiras, o nível de preço é o menor dos últimos 12 meses.

Aves e ovos também assinalaram recuo médio mensal de 1,47% no período. No Vale do Jaguari, a queda chegou a quase 8%. De acordo com o levantamento, apenas duas regiões gaúchas – Produção e Alto Jacuí – tiveram elevação no preço dos itens que compõem o grupo.

O preço do ovo de galinha puxou a fila de recuo, com queda de 7% em junho, freando a sequência de aumentos recentes. A retração pode ser explicada, entre outros fatores, pelo aumento da oferta do produto no mercado local devido ao bloqueio das exportações para alguns países, imposto por regras sanitárias após o diagnóstico do caso de gripe aviária em uma granja de Montenegro.

Já o preço do café moído, que também vinha pressionando o orçamento das famílias, teve um recuo médio mensal de 2,61% no Estado, sendo vendido a um preço médio de R$ 64,08 o quilo em junho. Na região das Hortênsias, que registra a cesta de alimentos mais cara do Rio Grande do Sul, o recuo foi de 10% no preço do café – a maior queda regional do produto. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, a queda foi de 2,68%, acima da média estadual.

(Marcello Campos)

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