Terça-feira, 12 de agosto de 2025

Líder do partido de Bolsonaro na Câmara dos Deputados entra com representação contra Camila Jara por suposta agressão ao colega Nikolas Ferreira

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) apresentou à Corregedoria da Câmara uma representação por quebra de decoro com pedido de suspensão cautelar do mandato de Camila Jara (PT-MS). O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) acusa a petista de agressão em um empurra-empurra que ocorreu durante a obstrução física que a oposição fazia no plenário da casa. Ela nega ter agredido o colega.

O anúncio da representação foi feito nas redes sociais. O líder do PL disse que “a agressão covarde contra o deputado Nikolas Ferreira não ficará impune” e justificou dizendo que “violência não é argumento. Imunidade parlamentar não é salvo-conduto pra agressão”.

Jara, por sua vez, nega a agressão. A deputada do PT alega que tem 1,60 metro de altura, pesa 49 quilos e está em tratamento contra um câncer e afirmou que apenas reagiu ao aperto da multidão — segundo ela, como qualquer mulher reagiria ao ser pressionada por um homem num ambiente de confusão.

Em maio deste ano, a parlamentar anunciou o diagnóstico de um câncer na tireoide e precisou passar por duas cirurgias para a retirada total do tumor. Ela, que está em tratamento até o final deste ano, repudiou o que classificou como uma “campanha de perseguição” nas redes sociais.

A parlamentar também declarou que não se deixará intimidar pelo “ódio dos que desrespeitam a democracia” e que seguirá atuando com base no diálogo.

Empurra-empurra e acusação de Nikolas

Na quarta-feira, com a chegada do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), seguranças e parlamentares iniciaram o processo de retirada dos manifestantes que ocupavam a mesa da presidência. Foi nesse contexto de empurra-empurra que aconteceu a queda de Nikolas Ferreira.

Nas redes sociais, o deputado afirmou ter sido agredido por Camila Jara. Em uma publicação, escreveu que “a esquerda age assim: te agride quando ninguém está vendo” e sugeriu que foi alvo de um golpe intencional. Vídeos do momento mostram, no entanto, um ambiente tumultuado, com grande movimentação de pessoas ao redor da cadeira da presidência.

A confusão entre Nikolas e Camila ocorreu após mais de 30 horas de obstrução por parte da oposição. Ao longo do dia, parlamentares bolsonaristas ocuparam a mesa da presidência da Câmara para pressionar pela inclusão imediata do projeto que amplia a anistia a manifestantes envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O grupo se recusava a liberar os trabalhos até que a proposta fosse pautada.

A ocupação impediu a votação de outras matérias, como o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos, considerado prioritário por deputados. Com informações do portal O Globo.

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