Sábado, 26 de abril de 2025

Ligação a acusados pode render demissão de Lupi

O elo quase visceral de Carlos Lupi com enrolados na gatunagem no INSS, que meteu a mão no bolso de aposentados, virou preocupação dentro do Planalto, que vai aguardar o andamento das investigações para decidir que fim vai levar o (ainda) ministro da Previdência. Lupi é amigo de Maurício Camisotti, fundador e suspeito de ser sócio oculto da Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), alvo da PF na operação que desbaratou o esquema bilionário.

Pra todo lado
Lupi tem ligações até no Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), também alvo de batida da PF. O presidente, Milton Cavalo, é do PDT.

Lula desmoralizou
Ainda com o escândalo na rua, Lupi titubeou sobre demissão de Alessandro Stefanutto da chefia do INSS. Foi desmentido horas depois.

É meu
Stefanutto trocou o PSB pelo PDT de Lupi, que o escolheu pessoalmente para assumir a presidência do INSS. Deu no que deu.

Crise familiar
O vice-presidente do Sindapi, José Ferreira da Silva, também arrasta a crise para dentro do governo. “Frei Chico” é irmão de Lula (PT).

Para o PT, polícia em hospital era “desumano”
Agora os petistas fazem silêncio sobre a intimação Jair Bolsonaro na UTI de um hospital a mando do STF, mas quando a Policia Federal localizou o ex-ministro Guido Mantega acompanhando a mulher no Hospital Albert Einstein, cumpriu mandado de sua prisão, na 34ª fase da Lava Jato, em 2016, os petistas reagiram “indignados”: o partido chamou a prisão de “arbitrária, desumana e desnecessária” e Gleisi Hoffmann de “espetáculo de humilhação”. Após depor, Mantega foi solto pelo juiz Sergio Moro.

Assim é “covardia”
Ex-ministro do Lula 3, Paulo Pimenta disse à época que “prender alguém no hospital é covardia. Não oferece risco, não tinha necessidade”.

Coisa de ditaduras
Então senador, Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou a prisão de Mantega no hospital como “ação muito comum em ditaduras”.

Estado perseguidor
Maria do Rosário (PT-RS) chamou a prisão de Mantega de “espetáculo deplorável”, uma “arbitrariedade” que “revelava perseguições”.

Caprio brasileiro
Voz vencida na condenação desproporcional da cabeleireira Débora a 14 anos de prisão, o ministro do STF Luiz Fux, magistrado-raiz, faz lembrar o juiz Frank Caprio, amado pelos americanos e celebridade nas redes sociais, que ensinou: um bom juiz decide com sabedoria e compaixão.

Jogo bruto
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) disse que o estado do pai “piorou visivelmente” desde que recebeu intimação do STF na UTI. “Coisa de gente sem honra, sem caráter e sem vergonha na cara”, protestou.

Tratamento de mafioso
Último “capo de tutti capo” da máfia siciliana, Matteo Denaro foi preso durante tratamento de câncer, em 2023, numa clínica, mas não na UTI. Estava foragido havia 30 anos, condenado a várias penas perpétuas.

Está claro
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) lembra que o projeto de anistia não perdoa o ex-presidente Jair Bolsonaro preventivamente: “de modo algum”, disse ao podcast Diário do Poder. “[Bolsonaro] não quer isso”.

Palavra do especialista
Ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol é claro sobre o caso da intimação a Bolsonaro na UTI: “Moraes e o STF, sob hipótese alguma, poderiam ter mandado intimar alguém doente e em estado grave”.

Rede preferida
Apesar das controvérsias com Elon Musk, seis ministros do STF têm contas no ‘X’, a rede que mais faz sucesso na Corte: André Mendonça, Nunes Marques, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Luis Roberto Barroso. Alexandre de Moraes desativou a conta “@alexandre”.

Voto reafirmado
Após a sessão que condenou a 14 anos a mulher que usou como “arma” seu batom, no 8/jan, o ministro Alexandre de Moraes fez adendo ao seu voto insistindo que a cabeleireira tentou dar golpe.

Frente óbvia
Já são 290 as “frentes parlamentares” no Congresso, na atual legislatura (desde 2023). Dez dessas frentes foram criadas apenas em 2025, incluindo uma “Frente da Influência Digital” para ‘apoiar’ influenciadores.

Pensando bem…
…golpe em velhinhos, em tese, dá cadeia.

PODER SEM PUDOR
A apelação de Jânio
Quando se viu sem dinheiro em 1988, na campanha para prefeito de São Paulo, Jânio Quadros resolveu advertir empresários conservadores para a “ameaça comunista” dos adversários Eduardo Suplicy (PT) e, imaginem, Fernando Henrique Cardoso (PMDB). Reuniu potenciais financiadores que não se impressionavam com o apelação. Jânio explodiu: “Os senhores são tão miseráveis que quando veem um pobre lhe pedem as horas!” Acabou conseguindo todos os recursos de que necessitava.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

* Instagram: @diariodopoder

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