Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de maio de 2025
Relator da reforma do Imposto de Renda, o deputado Arthur Lira (União Progressista-AL) fixou calendário para concluir as votações ainda no primeiro semestre, antes do recesso. Ele promete concluir em 27 de junho para votação até 16 de julho. Para quem acha o prazo apertado, Lira lembra que as medidas devem ser aprovadas para entrar em vigor já em 1º de janeiro, após o Senado aprovar. Sem contar a “noventena”: tudo deve virar lei até 30 de setembro, 90 dias antes de começar o ano.
Ainda mais impostos
Lira quer rever taxação para quem ganha R$600 mil anuais. Deve ter alíquota crescente de até 10% para quem ganha R$1,2 milhão anuais.
Em linha com a OCDE
Os 10% é a alíquota média nos países da OCDE, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que varia de 5% a 15%.
Benesse custará caro
A ginástica tenta compensar isenção para quem ganha até R$5 mil mensais, o que produzirá rombo de R$ 20,5 bilhões, já em 2026.
Fazendo inveja a Trump
Taxadd quer aumentar a “contribuição” de sigla CSLL para empresas com lucros superiores a R$1 bilhão. Se for aprovada, tem noventena.
Câmara avalia ‘Voto de desconfiança’ contra Motta Defensor da anistia para pacificar o País, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) não acredita que o projeto que anistia os presos pela arruaça de 8 de janeiro será pautado pelo deputado Hugo Motta (Rep-PB) e muito menos por Davi Alcolumbre (União-AP). “O caminho é remover o presidente da Câmara e do Senado”, disse ao podcast Diário do Poder. O deputado é autor do projeto que institui o “voto de desconfiança”, que permite afastar membros da mesa diretora.
Estelionato eleitoral
O parlamentar justificou o projeto citando o caso do estelionato eleitoral da dupla, que se comprometeu com a pauta para ganhar os cargos.
Congresso irrelevante
O deputado afirma que o Congresso está virando uma farsa e que virou mero carimbador de decisões definidas por um pequeno grupo.
Autocracia brasileira
“Estamos vendo o desenrolar, em parcelas, de uma criação de uma ditadura”, disse ao concluir que temos um sistema autocrático ditatorial.
Grana preta
Está beirando os R$2 trilhões o Gasto Brasil, que registra a gastança de dinheiro do pagador de impostos. O “Gasto Brasil” é mantido pela ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Questão de semântica
Impressiona a cara lisa de Esther Dweck (Gestão) dizendo que não é rombo o rombo de R$2,6 bilhões dos Correios, em 2024. A ministra enrolou, enrolou… mas no fim o que sobrou foi o resultado negativo.
Elogio que ofende
Para exaltar (ou ofender), Simone Tebet (Planejamento) elogiou Sidônio Palmeira (Secom) mas logo emendou: “Lamentavelmente, o grande problema do nosso governo é a comunicação”.
Perseguição
Prestes a puxar 10 anos de cadeia porque o STF deu crédito ao hacker de Araraquara, criminoso cumprindo pena, Carla Zambelli (PL-SP) diz que é vítima de perseguição e nunca cometeu qualquer ato criminoso.
Janones flopou
Vídeo de André Janones (Avante-MG) dando a própria versão para o roubo no INSS somou 3,2 milhões de visualização. Não chega nem perto da explicação de Nikolas Ferreira (PL-MG), 135 milhões.
Condenação definida
Para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a decisão da 1ª Turma do STF de reverter decisão da Câmara de suspender o processo de golpe “para cumprir o cronograma de condenar Bolsonaro em agosto, como já antecipado por advogados próximos a ministros da corte.”
Destruição avança
Disparou o desmatamento na Amazônia em abril deste ano em comparação com o mesmo mês de 2024. Ano passado, foram derrubados 174 km², subiu para 270 km² em 2025. Alta de 55%.
Sente no bolso
Porto Alegre (RS) sofreu ainda mais que a média nacional com a alta da inflação, bateu em 0,95%. Para o Brasil, o IPCA registrou 0,43%, puxado por “saúde”, “vestuário” e “alimentação”. Dados do IBGE.
Pensando bem…
…roubar velhinhos já é ruim, roubar duas vezes então…
PODER SEM PUDOR
Era só um garotão
Para quem achava que aos 86 anos o deputado Miguel Arraes (PSB-PE) já deveria estar aposentado, ele sempre recordava o dia em que tentaram convencê-lo a não se candidatar a governador em 1993, aos 77 anos. Arraes respondeu: “Vou pensar sobre isso. Mas só tomo a decisão depois…” Despertou curiosidade: “Depois de quê, deputado?” Arraes esclareceu, divertido: “…depois de falar com a minha mãe.”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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