Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 26 de janeiro de 2023
 
	
			 
Na lista de credores da Americanas, há pelo menos cem shoppings com valores a receber da varejista. As administradoras não esclarecem se são aluguéis atrasados, embora em várias descrições do débito conste o condomínio como dívida. Pelo menos um shopping, o Plaza Niterói, na cidade fluminense, já entrou com ação de despejo contra a empresa alegando atraso no pagamento de aluguel.
A Americanas divulgou uma lista com cerca de 7 mil credores e dívida de R$ 41 bilhões nesta quarta-feira (25). Entre os principais estão bancos, como BTG e Deutsche Bank, e fornecedores, como a sul-coreana Samsung.
Atraso e levantamento
No North Shopping Barretos, interior paulista, também houve atraso, mas a administração entende que como se refere ao pagamento no último dia 10 de janeiro, está dentro da tolerância. A empresa aguarda o pagamento e disse, em nota, que “não se trata de dívida, mas de pequeno atraso que não justifica ordem de despejo ou qualquer medida mais drástica”.
Outra credora é a Aliansce Sonae + brMalls, dona do Via Parque e do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, que também está na lista citada. A empresa informou que ainda está consolidando um levantamento sobre seus contratos com a Americanas para a adoção de medidas cabíveis.
Maior débito
O maior débito entre os shoppings é o do Shopping Pantanal, em Cuiabá, no Mato Grosso. A dívida é de R$ 2,5 milhões, segundo a lista divulgada pela varejista nesta quarta-feira (25). Procurada, a administradora Ancar Ivanhoe não esclareceu ao que se refere a dívida e se limitou a dizer que “não vai se pronunciar sobre o assunto no momento”. Outro shopping do grupo, o Parque das Bandeiras, em Campinas, está na lista.
A Americanas é uma rede nacional importante em dezenas dos 602 shoppings existentes por todo o Brasil. Em muitos casos, costuma estar entre as principais lojas dos empreendimentos, como no Shopping Vitória, onde é uma das sete âncoras do complexo. A administradora capixaba informou que vai aguardar os desdobramentos da Justiça. Neste shopping são três dívidas, uma delas acima de R$ 9 milhões.
Movimento coordenado
Segundo uma fonte do setor não há movimento coordenado dos shoppings para buscar ordens de despejo, mas isso seria uma questão de tempo.
Além dos shopping, há ainda 951 micro e pequenas empresas na lista de credores. As dívidas vão desde R$ 10 de uma empresa de eletrônica a mais de R$ 4,5 milhões em débitos para uma do setor imobiliário. Há ainda valores em haver com dedetizadoras e até uma agência de influenciador digital