Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Litro da gasolina sobe pela quinta semana seguida e bate novo recorde

O preço da gasolina subiu pela quinta semana seguida, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O valor médio do litro passou de R$ 7,295, na semana passada, para R$ 7,298, nessa semana, marcando novo patamar médio recorde no varejo. Segundo a ANP, o aumento ocorreu na terceira casa decimal do preço da gasolina. Desde janeiro, o avanço é superior a 9,3% nas bombas.

Já o diesel subiu pela quarta semana seguida, passando de R$ 6,630 para R$ 6,847 – também em patamar recorde. A alta é de 3,27% na semana. No ano, o aumento é superior a 24%.

Segundo a ANP, o preço máximo do diesel encontrado nas bombas chega a R$ 8,300 por litro. No caso da gasolina, o valor máximo continua em R$ 8,990 por litro.

Nesta sexta-feira, o governo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação contra a política de ICMS dos Estados sobre o diesel. Bolsonaro havia anunciado em live nas redes sociais que iria à Justiça.

Apesar de o presidente afirmar que uma mudança no ICMS poderia levar à redução nos preços, especialistas avaliam que isso não é garantido. Desde o início do governo Bolsonaro, o litro do diesel nas bombas já subiu 111%.

Defasagem

A ação ocorreu após Bolsonaro ter demitido o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Para seu lugar, foi nomeado Adolfo Sachsida, que trabalhou com Paulo Guedes no Ministério da Economia.

Apesar do aumento dos preços na bomba e do reajuste de 8,87% no diesel anunciado no último dia 9, especialistas lembram que o preço ainda está defasado.

Dados da Abicom, que reúne os importadores de combustíveis, apontam que nesta sexta-feira a defasagem está em 10% (R$ 0,57 por litro) no diesel.

Já a gasolina está com uma defasagem de 22%, de R$ 1,07 por litro. É a maior defasagem na gasolina desde o dia 9 de março, quando a diferença chegou a 30% (R$ 1,41 por litro).

Prejuízos

Em mais uma discussão envolvendo o controle de preços da Petrobras, o advogado Leonardo Pietro Antonelli, que integrou o Conselho de Administração da estatal entre 2020 e 2021 critica intervenções políticas na estatal.

Representante de um grupo de acionistas minoritários, ele avalia que nem o uso de parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão que regula a concorrência no País, ou mudanças no estatuto social da estatal pelo governo são boas saídas para resolver o mal-estar provocado pela alta dos preços dos combustíveis.

Antonelli disse que toda essa conta vai chegar para a sociedade pagar no futuro. “A moral da história é que haverá mais uma conta para a União e a sociedade pagarem no futuro, uma vez que os 700 mil acionistas terão que ser ressarcidos pelos prejuízos. A culpa não é da Petrobras de ser uma das maiores empresas de energia do mundo”, afirma.

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