Sábado, 25 de outubro de 2025

Lula diz esperar encontro com o presidente dos Estados Unidos e acredita em solução: “Vamos colocar os problemas na mesa”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou esperar que o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste domingo (26), aconteça e disse que veio com disposição para buscar soluções. Ao conversar com jornalistas em frente ao hotel onde está hospedado, na Malásia, Lula afirmou que “tudo depende da conversa” e demonstrou otimismo em relação a um possível acordo.

“Não há exigências dele nem minhas. Vamos colocar os problemas na mesa e tentar resolver. Pode ficar certo que haverá uma solução”, declarou. Trump confirmou que se encontrará com Lula neste domingo (26), também na Malásia, e afirmou que pode considerar a redução das tarifas impostas sobre produtos brasileiros “sob as circunstâncias certas”.

“Acredito que sim”, disse Trump a repórteres a bordo do avião da Força Aérea dos EUA quando questionado sobre o encontro com Lula. Durante o embarque para a Ásia, outro repórter perguntou se ele reduziria as tarifas sobre o Brasil. “Sob as circunstâncias certas”, respondeu o presidente americano. Lula e Trump participarão de reuniões com líderes da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), aproveitando a cúpula para discutir temas econômicos e comerciais bilaterais.

Esse será o primeiro encontro oficial entre Lula e Trump desde o início da crise provocada pelo tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. E também desde que Trump assumiu a presidência do país norte-americano.

Há expectativa de que o encontro sirva para reorganizar a relação bilateral, abalada desde o anúncio do tarifaço americano sobre produtos brasileiros. Os dois líderes vêm se aproximando desde setembro. Durante a Assembleia das Nações Unidas, Lula e Trump se cruzaram e afirmaram ter tido uma “boa química”.

Além disso, no início deste mês os dois conversaram por cerca de 30 minutos em uma ligação intermediada pelas diplomacias dos dois países. Durante essa conversa, Lula solicitou a Trump a revogação das sanções contra autoridades brasileiras e pediu a retirada de uma sobretaxa de 40% para entrada de produtos brasileiros nos EUA, em vigor desde agosto.

A expectativa é que os dois assuntos sejam abordados por Lula no encontro deste domingo. Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (24) na Indonésia, o presidente brasileiro confirmou que vai levar os temas para discussão e que será uma reunião livre e sem vetos de assunto.

Além disso, auxiliares de Lula não descartam que o presidente brasileiro aproveite a ocasião para falar também sobre as investidas de Trump contra Venezuela e Colômbia. O petista já deixou claro que é contra qualquer tipo de tentativa de intervenção em países da América do Sul, como tem sinalizado o presidente dos Estados Unidos.

Tarifaço

Um dos temas que deve ser abordado na reunião é o tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump a produtos brasileiros — culminando em uma sobretaxa de 50%. Ao justificar as taxas, o mandatário norte-americano chegou a citar questões econômicas, como um suposto déficit com o Brasil – inexistente de acordo com números oficiais.

Mas também apontou questões políticas relacionadas com o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e “direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”, entre outros.

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