Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 13 de maio de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nessa terça-feira (13), que o problema da Seleção Brasileira masculina de futebol é a qualidade técnica do elenco e não o treinador. O petista comentou a contratação do italiano Carlo Ancelotti como técnico pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com objetivo de classificar o Brasil e conquistar a Copa do Mundo de 2026.
“O problema do Brasil: estamos numa entressafra de jogadores que não é igual à que já tivemos. Se você comparar com 58, com 62, com 70, com 76, com 82, com 86, 2002, 2006… Essa safra é mais frágil do que aquelas do ponto de vista de jogador. É só lembrar do nosso ataque em 2002 e 2006 pra você ver que estamos longe daquilo lá”, disse Lula, ao deixar o Fórum China-Celac, em Pequim, na China.
Cortejado há anos pela CBF, o treinador do Real Madrid foi anunciado como novo técnico da Seleção Brasileira. Para Lula, ele foi um grande jogador e é um bom técnico, com preparação para ajudar a pentacampeã a se classificar e voltar a vencer a Copa.
O petista afirmou que não tem nada contra a contratação de um estrangeiro para dirigir a Seleção, mas acha que o Brasil tinha treinadores capazes de dirigir o time principal.
“Nosso problema talvez seja mais estrutural, organizacional. Acho difícil ficar juntando jogador 15 dias antes de um jogo, treinador dois dias já escalar um time e achar que vai ganhar quando todo mundo se prepara muito. Era preciso ter mais tempo para convocar”, opinou o petista.
Lula disse que sugeriu ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que a seleção deveria ser convocada a partir dos melhores jogadores ao fim do campeonato brasileiro. Segundo ele, seria uma experiência com os 22 mais eficientes para ver o que dá. “Acho que seria melhor ou igual à convocação”, disse Lula.
Lula na China
O presidente Lula afirmou após reunião em Pequim com o presidente Xi Jinping, que a relação entre Brasil e China “nunca foi tão necessária”.
A declaração ocorre um dia após o governo brasileiro anunciar que a China fará novos investimentos no país, que somam cerca de R$ 27 bilhões. Os aportes envolvem áreas como energia limpa, carros elétricos, mineração e delivery.
“Há anos, a ordem internacional já demanda reformas profundas. Nos últimos meses, o mundo se tornou mais imprevisível, mais instável e mais fragmentados. China e Brasil estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo”, disse Lula.
E completou: “Guerras comerciais não têm vencedores. Elas elevam os preços, deprimem as economias e corroem a renda dos mais vulneráveis em todos os países. O presidente Xi Jinping e eu defendemos um comércio justo e baseado nas regras da Organização Mundial do Comércio.”
As falas de Lula contra a guerra comercial acontecem um dia após Estados Unidos e China anunciarem trégua de 90 dias na escalada de tarifas e sobretaxas adotada pelo governo Donald Trump – e retaliada por Xi Jinping.
O Brasil também tenta negociar a redução ou a extinção de tarifas adicionais aplicadas pelo governo Trump ao país, sobretudo nas exportações de aço e alumínio. As informações são do portal de notícias g1.