Segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Lula diz que mandou tirar grades dos Palácios do Planalto e da Alvorada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retirou as grades do Palácio do Planalto nesta quarta-feira (10), após quase dez anos com a sede do Executivo federal cercada pelo isolamento de segurança. Lula afirmou que também mandou retirar o equipamento do Palácio da Alvorada, sua residência oficial.

“O Brasil não precisa estar cercado de grades. É deixar livre. A democracia não exige muro, não precisa de muro”, afirmou o chefe do Executivo.

No final da tarde, o presidente desceu a rampa presidencial para ver a mudança. Lá, conversou com jornalistas e cumprimentou apoiadores. Ele estava ao lado da primeira-dama Janja da Silva e do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

Lula afirmou ainda que vai tirar a “muralha” do Palácio da Alvorada, em referência às barreiras de segurança do local.

“Eu vou tirar aquela muralha da frente da sede do Palácio da Alvorada. Eu vou tirar porque depois a segurança vê como ela cuida para evitar qualquer problema que nunca teve. Eu fui presidente oito anos e nunca teve (problema). As pessoas iam na porta do Alvora protestar domingo com corneta, nunca me incomodaram. Se eu quisesse cercar o povo de não permitir que faça protesto, não faz sentido a democracia”.

E completou:

“Aquilo foi feito no momento em que o PT não governava mais o País. Foi feito na época do Temer então significa que quem faz coisa errada tem medo. E aquilo ficou durante todo o mandato do coisa”.

Lula ainda afirmou que pediu ao general Amaro, que assumiu o comando do GSI, para retirar as grades do Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Segurança

Apesar da retirada das grades do Palácio do Planalto, a Praça dos Três Poderes continua cercada, assim como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Lula afirmou que cada presidente de Poder determina a retirada do equipamento, mas que entendia que as grades não eram necessárias porque “a segurança não precisa negligenciar como da outra vez”, em referência aos ataques de 8 de janeiro.

Segundo Lula, a medida demonstra que os poderes da República não precisam cercados num regime democrático. Ele afirmou que pretende conversar com os presidentes do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional para avaliar se as medidas podem ser replicadas na Praça dos Três Poderes e nas sedes do Legislativo e do Judiciário. As três sedes sofreram ataques e vandalismo numa invasão em 8 de janeiro. Para Lula, a segurança institucional será feita da forma como sempre ocorreu, com polícia militar, Forças Armadas e Gabinete de Segurança Institucional.

“Tenho certeza absoluta de que a democracia não suporta grades. Eu era contra o muro de Berlim. Sou contra o muro que separa Israel da Palestina. Fui contra o muro que o Trump tentou construir na fronteira com o México. E era contra o muro aqui na frente do Palácio”, listou o presidente. “Acho que é um exemplo para o Brasil. Estamos ou não num regime democrático? Não ficou mais bonito?”, repetiu o presidente, que depois voltou a subir a rampa com a primeira-dama.

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