Segunda-feira, 30 de junho de 2025

Lula diz que o papel de bancos públicos é liberar empréstimos para os Estados: “Governador não é bandido”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou nessa terça-feira (12) que uma das prioridades de bancos públicos como BNDES e Caixa Econômica Federal deve ser a garantia de empréstimos para estados e municípios, e patrocinar investimentos nos entes federativos.

“A orientação é essa: prefeito não é bandido, governador não é bandido. Se ele tiver as contas em dia, ele tem direito sim de ir ao banco e pedir o financiamento e o banco financiar”, disse, em evento na manhã dessa terça.

Presidentes de bancos públicos e governadores participaram da cerimônia que fez um apanhado de todos os empréstimos anunciados neste ano.

As operações de crédito do BNDES, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil em 2023 superam a soma dos quatro anos anteriores, segundo o balanço.

Juntos, os três bancos anunciaram ao longo do ano a liberação de R$ 56,4 bilhões para os entes federativos, em empréstimos.

  • R$ 32,1 bilhões são para 16 Estados;
  • R$ 24,3 bilhões são diretamente 805 municípios de 25 Estados;

As áreas de investimentos incluem: saneamento; mobilidade e transportes; e infraestrutura urbana, etc.

“Isso é uma coisa muito sagrada e tem muito a ver com o presidente, com a disposição. Tem gente que não quer que empreste mesmo. Tem gente que acha que o dinheiro do BNDES deveria ser devolvido para os cofres do Tesouro, quando na verdade o dinheiro é para investir”, declarou Lula.

Destino dos recursos

O Estado de São Paulo vai receber, por exemplo, o financiamento de R$ 10 bilhões para construir e ampliar o metrô da capital (Linha 2) e construir o trem de média velocidade até Campinas (SP).

Já cerca de R$ 2,3 bilhões são para investimentos em infraestrutura rodoviária do estado do Mato Grosso do Sul, sobretudo a restauração de rodovias.

Outro exemplo é o total de R$ 3 bilhões para melhorias na infraestrutura urbana de Belém (PA), que se prepara para sediar a 30ª Conferência da ONU Sobre Mudança do Clima (COP 30), em 2025.

O financiamento total, R$ 56 bilhões, não está descolado do “equilíbrio fiscal”, declarou o ministro da Caca Civil, Rui Costa.

“Por sua (Lula) orientação e determinação, sua crença, um país se desenvolve mantendo o absoluto respeito ao equilíbrio fiscal e financiamento, mas isso não é antagônico ao investimento, ao desenvolvimento, à geração de emprego e à melhoria das condições de vida da população”, pontuou.

PAC

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), esteve no evento. Lula pediu que “um governador” fizesse uma fala.

Tarcísio agradeceu ao BNDES pelo financiamento e elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A obra no metrô da capital (Linha 2) está prevista no âmbito do PAC.

“Acho que o presidente Lula me escolheu porque eu estou levando o maior cheque. Mas de fato, a gente fica muito satisfeito de ver esses projetos viabilizados. O PAC é um instrumento para isso. São projetos importantes para todos os estados que estão aqui presentes”, avaliou.

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