Quarta-feira, 06 de agosto de 2025

Lula diz que vai ficar cada vez mais “esquerdista” e “socialista”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (5), em discurso no Palácio do Planalto, que vai ficar cada vez mais “esquerdista” e “socialista”.

Lula participou de uma reunião do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional.

Ao longo de sua fala, o presidente se lembrou de quando passou fome, na juventude, e chorou em vários momentos.

Ele também criticou as opiniões de quem, segundo Lula, é contra fazer dívida pública para alimentar a população. Nesse contexto, o presidente exaltou suas convicções esquerdistas.

“É preciso que a saiba que o brasil pode fazer muito mais. Podemos melhorar muito a situação do país. A gente pode fazer muito mais coisa do que a gente esta fazendo. Esse é o desafio. Cada vez eu tenho que fazer mais. Significa que cada vez mais vou ficar mais esquerdista, mais socialista, e vou ficar achando que a gente pode mais”, afirmou Lula.

Tarifaço

Nesta terça-feira (5), véspera do início da cobrança de sobretaxa sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, o presidente Lula descartou a possibilidade de se engajar pessoalmente em negociações com Donald Trump sobre o tarifaço.

No mesmo local, durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, integrantes do governo repetiam discursos sobre a importância do diálogo. E representantes do setor produtivo manifestaram preocupação com os impactos das tarifas sobre as exportações e os empregos. Eles ainda esperam as medidas de proteção prometidas pelo governo.

O “Conselhão” reúne representantes da sociedade civil, movimentos sociais, trabalhadores e empresários. E nesta terça-feira deu respaldo ao governo na defesa da soberania. Mas o presidente da Fiesp, Josué Gomes, reiterou a necessidade de uma resposta do governo.

“Estamos à véspera, as coisas mudam tão rápido que talvez nem seja véspera, de entrada em vigor de um tarifaço contra o Brasil. O que fazer diante de uma agressão injusta de uma potência que aprendemos a admirar e que inspirou a construção de muitas das nossas instituições, que foram criadas à imagem e semelhança das instituições constituídas pelos pais fundadores da América?”, disse Josué Gomes, da Fiesp.
No dia 9 de julho, Donald Trump ameaçou cobrar 50% sobre todas as exportações brasileiras a partir de 1º de agosto. O governo brasileiro declarou várias vezes que queria negociar, mas não tinha abertura. A possibilidade de uma negociação se tornou mais próxima na sexta (1º). Em resposta, se disse aberto ao diálogo com Lula.

 

 

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