Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 10 de maio de 2025
Lula ficou sem reação, quando a Policia Federal revelou o espantoso roubo aos aposentados do INSS. Sequer conseguiu demitir o ministro enrolado. Mas se fixou no “culpado de sempre”: o antecessor. Logo surgiu a proposta de CPI e ele subiu nas tamancas, deu ordens ao PT para impedir a todo custo a instalação da comissão. A ordem de Lula e o desespero dos petistas foram interpretados como autêntica confissão de culpa: afinal, se “a culpa é do Bolsonaro”, eles nada teriam a temer.
CPI com amplo apoio
A “confissão de culpa” turbinou a CPI, que recebeu 270 assinaturas, bem mais que o necessário. Mas tinha Hugo Motta no meio do caminho
Utilidade de rabo preso
Como a ordem de Lula era “CPI, nem pensar”, o “rabo preso” do presidente da Câmara ficou à mostra. Praticamente descartou a CPI.
Culpado é quem mesmo?
O veto de Lula e do PT à CPI deixou intrigado o deputados como Nikolas Ferreira (PL-MG): “O culpado não era Bolsonaro?”, ironizou.
Gatunos sem escrúpulos
O roubo de R$6,3 bilhões, passou a R$8 bi e pode ir aos R$90 bilhões, com a suspeita de empréstimos consignados à revelia dos velhinhos.
Senado: centro e esquerda têm maioria ameaçada
Dois terços dos senadores estão em fim de mandato, mas nos maiores blocos do Senado, de centro e esquerda, a situação é ainda mais grave. A partir de 2027, apenas nove dos 43 senadores têm os mandatos garantidos. No bloco “Democracia”, com 25 senadores do União, MDB, PSDB e Podemos, sobram só seis; e no “Resistência Democrática” continuam no mandato apenas três dos 18 do PSB e PSD. O PSD tem 14 , mas só três estão garantidos em 2027.
Proporção exata
No bloco PT-PDT, quatro senadores não vão enfrentar as urnas em 2026. Eles representam um terço da bancada de 12 parlamentares.
Oposição
Já na oposição, o cenário é o contrário: 8 dos 15 senadores do bloco PL/Novo estão garantidos no Senado na próxima Legislatura.
Reduzidos a pó
Tanto PSB, quanto Podemos e PSDB não têm senadores garantidos em 2027. No MDB, que já foi o maior o Senado, vai sobrar apenas um.
Sala de espera
Marcel van Hattem (Novo-RS) vê afronta do STF à Câmara no caso da suspensão do processo do golpe. Diz esperar “resposta contundente” de Hugo Motta “contra mais esse abuso”. Melhor esperar sentado.
Vontade nacional
A lista de assinaturas pela CPMI para investigar a ladroagem contra aposentados, apesar de não contar com nomes de todos os partidos, tem deputados federais de todos os Estados brasileiros.
Doença do atraso
Líder da esquerda mais atrasada do planeta, a brasileira, Lula alimenta a velha doença infantil de “marcar posição” contra os EUA, segundo maior parceiro comercial do Brasil: posou para foto ao lado dos mais execráveis ditadores no apoio ao regime autoritário russo. Papelão.
Explicação de sempre
O tal “entendimento” entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) durante a viagem à Rússia tem motivo: os (muitos) cargos e autoridade do Ministério.
Perto do fim
A fusão com o Podemos está longe de salvar o PSDB da extinção. Dois dos três governadores que foram eleitos como tucanos já meteram o pé. Sobrou Eduardo Riedel (MS), com tudo para vazar também.
Eficiência diferente
Há dois meses, o Departamento de Eficiência dos EUA apontou mais de US$160 (R$904) bilhões poupados após o pente fino liderado por Elon Musk. O New York Times tentou negar, mas o Orçamento do governo Trump para 2026 contém US$163 bilhões a menos.
Bem além da direita
Apenas PT, PV, Psol e PCdoB não tiveram deputados votando a favor de suspender a ação no STF contra Alexandre Ramagem (PL-RJ) por suposto “golpe”. Até no PSB e PDT a medida teve votos favoráveis.
Mais que boato
Após rumores de que azedou a relação entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e de Israel, Benjamin Netanyahu, o secretário de Defesa americano, Peter Hegseth, cancelou sua visita oficial a Tel-Aviv.
Pensando bem…
…junho é que deveria ser o mês de quadrilha.
PODER SEM PUDOR
Como reconhecer Amin
Chegando a Florianópolis para assumir a chefia da sucursal do saudoso jornal Gazeta Mercantil, o jornalista Valério Fabres telefonou a Esperidião Amin, então governador catarinense, na época o careca mais admirado do Brasil, e os dois marcaram um encontro num restaurante. Fabres sugeriu: “Precisamos combinar um meio de nos reconhecermos…” Antes que ele percebesse a bobagem que acabara de dizer, Amin avisou: “Não se preocupe, eu não vou de peruca.”
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