Quinta-feira, 06 de novembro de 2025

Lula e Zelensky se encontram pela primeira vez com foco na “construção da paz”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se encontraram em Nova York, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (20).

No X (antigo Twitter), Lula disse que teve “uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz”. A mensagem do presidente na rede social também menciona a importância da manutenção constante do diálogo entre os países.

Nas redes sociais, o presidente da Ucrânia se pronunciou após o encontro: “Reunião importante com Lula. Após a nossa discussão honesta e construtiva, instruímos as nossas equipas diplomáticas a trabalhar nos próximos passos nas nossas relações bilaterais e nos esforços de paz. O representante brasileiro continuará participando das reuniões da Fórmula da Paz.”

A reunião iniciou por volta das 17h no horário de Nova York (18h, no horário de Brasília) e durou mais de meia hora. Os dois líderes se encontraram após meses de opiniões discordantes sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia. Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disseram a jornalistas que a reunião foi boa e de cooperação.

Kuleba disse que Lula se comprometeu com a Ucrânia e a continuar ajudando a promover a paz. O compromisso aconteceu no hotel onde Lula está hospedado, e o presidente ucraniano utilizou uma “entrada secreta”. Zelensky conta com um esquema de segurança muito reforçado em decorrência da guerra travada desde fevereiro de 2022 no leste europeu.

Os dois líderes se encontram em território americano por conta da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Acompanhavam Zelesnky no encontro, o chefe de gabinete da Presidência, Andrii Iermak, o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, um assessor para a política externa e o assessor-chefe para assuntos militares da Ucrânia.

Na comitiva de Lula estavam o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o secretário de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e o assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim.

Lula e Zelensky nunca haviam se encontrado presencialmente para uma reunião bilateral antes desta quarta e a iniciativa deste encontro partiu do lado ucraniano. A reunião foi tentada em mais de uma oportunidade. Em maio, o ucraniano tentou se encontrar com Lula durante a cúpula do G7, no Japão, mas o governo brasileiro alegou que Zelensky se atrasou e não compareceu à reunião.

Em entrevista coletiva, Lula afirmou que Zelensky não apareceu para encontro bilateral com ele na cidade de Hiroshima.

“Nós tínhamos uma entrevista [sic] bilateral com a Ucrânia às 3 horas da tarde [horário local]. Nós tínhamos a informação de que eles tinham atrasado, enquanto isso, atendi o presidente do Vietnã. Quando o presidente do Vietnã foi embora, a Ucrânia não apareceu. Certamente, teve outro compromisso e não pode vir aqui. Foi simplesmente isso que aconteceu”, disse o presidente brasileiro.

Na cúpula, Zelensky sinalizou que, de fato, houve uma incompatibilidade de agendas, como sustentou o governo brasileiro.

Ao ser questionado se ficou desapontado pelo fato de a reunião não ter acontecido, Zelensky respondeu: “Eu acho que ele que ficou decepcionado”.

Os ucranianos já disseram várias vezes que querem conversar com Lula para mostrar ao líder brasileiro “a realidade do conflito”.

Kiev também já demonstrou diversas vezes sua insatisfação com o presidente brasileiro por suas declarações polêmicas sobre a guerra – incluindo uma afirmação de que os Estados Unidos e os países europeus estavam prolongando a guerra ao enviar armamentos para a resistência ucraniana.

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