Domingo, 06 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 20 de abril de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na noite dessa quinta-feira (20) para Lisboa, ponto de partida de uma viagem por Portugal e Espanha – a primeira para a Europa de seu terceiro mandato.
Lula concentrará a maior parte da agenda em Portugal, onde terá encontros com autoridades e entregará ao cantor e compositor Chico Buarque o Prêmio Camões. O cantor foi anunciado vencedor do prêmio em 2019, mas o então presidente Jair Bolsonaro se recusou a assinar o diploma.
O roteiro ibérico, que terá compromissos até a próxima quarta-feira (26), marca uma nova etapa da política externa do governo, após Lula priorizar os principais parceiros comerciais e vizinhos nas primeiras viagens do novo mandato. Lula já visitou:
“A visita do presidente está no contexto de relançamento das relações com a Europa e com o mundo. Na Europa, vamos começar por Portugal, é a porta de entrada do Brasil para a União Europeia”, disse a jornalistas a embaixadora Maria Luísa Escorel de Moraes, secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores.
Entre os temas que devem ser tratados estão a guerra na Ucrânia e o acordo entre Mercosul e União Europeia. O presidente tem insistido na criação de um grupo de países para intermediar a paz entre Ucrânia e Rússia, porém, foi criticado pela Casa Branca quando afirmou que EUA e Europa contribuem para a continuidade do conflito.
Em maio, Lula deve ir ao Reino Unido para coroação do rei Charles III, marcada para o dia 6. O presidente também foi convidado para um encontro com o primeiro-ministro Rishi Sunak.
Agenda em Portugal
Agenda na Espanha
Brasil e Espanha têm interesse na resolução dos impasses que adiam a implementação do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, já que os dois países assumirão ainda neste ano as chefias dos dois blocos. A política ambiental de Bolsonaro, que resultou na alta do desmatamento, dificultou a negociação.
O acordo Mercosul-União Europeia é negociado desde 1999. Vinte anos depois do início das conversas, em 2019, os blocos finalizaram as negociações comerciais e, um ano depois, os chamados aspectos políticos e de cooperação. Desde então, o acordo está em fase de revisão.