Por Redação do Jornal O Sul | 16 de junho de 2025
O presidente Lula embarcou na manhã dessa segunda-feira (16) rumo ao Canadá para participar da cúpula do G7. Trata-se de um grupo criado em 1975 para reunir os sete países mais industrializados do mundo à época. São eles: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
O Brasil não integra o bloco, mas Lula participará do evento como convidado, ao lado de outros países também não membros do grupo. Entre eles, África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Índia, México e Ucrânia. Será a nona vez que o Brasil participa da cúpula como convidado, todas elas durante governos Lula.
Em 2025, o G7 completa 50 anos de existência. O tema escolhido para a cúpula no Canadá foi o futuro da segurança energética. Mas o assunto que deve dominar mesmo os debates e as discussões dos líderes mundiais, sobretudo nos bastidores, é a tensão no Oriente Médio, com os ataques mútuos entre Israel e Irã.
A cúpula do G7 já começou no domingo (15), com a chegada dos líderes do grupo ao Canadá. Nessa segunda e na manhã desta terça-feira (17), as reuniões serão exclusivas para os sete membros do bloco. Os países convidados só se juntam no início da tarde desta terça, quando Lula terá direito a uma rápida intervenção.
Foco do discurso
Assim como as demais etapas da cúpula, o discurso de Lula não será transmitido pela TV. Uma das prioridades do petista durante sua fala, segundo apurou a coluna, será convidar os demais líderes mundiais para a COP30, cúpula do clima que ocorrerá em novembro, em Belém (PA).
Lula vem atuando pessoalmente para tentar garantir a presença do maior número de chefes estrangeiros na COP30. O presidente brasileiro já disse, inclusive, que pretende ligar para Donald Trump, caso o atual chefe da Casa Branca não confirme presença na cúpula, em Belém.
Não há, por ora, qualquer previsão de conversa bilateral entre Lula e Trump durante o G7. O petista, contudo, tem outras três reuniões previstas: 1) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; 2) com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney; e 3) com o novo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz.
Prioridades
As conversas estão marcadas para esta terça, no resort onde acontecerá a cúpula do G7. O hotel fica localizado em Kananaskis, nas montanhas rochosas da província de Alberta. Lula, contudo, preferiu se hospedar em Calgary, cidade de grande porte localizada a cerca de 100 quilômetros do resort.
Geralmente, a cúpula do G7 termina com uma declaração conjunta sobre temas da política internacional assinada apenas pelos sete países-membros. Por isso, não há qualquer previsão de o Brasil ou demais nações convidadas assinarem declaração conjunta com os integrantes do grupo.
Lula voltará para Brasília já na noite desta terça. De acordo com o Palácio do Planalto, o petista viajou com comitiva enxuta. O chanceler Mauro Vieira deve ser um dos poucos ministros a acompanhar o presidente. A primeira-dama Janja não acompanhou o marido. (As informações são do portal Metrópoles)
