Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 19 de março de 2024
Após pesquisas indicarem queda de aprovação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião ministerial na qual cobrou maior empenho na divulgação das ações do governo. Em meio a críticas sobre a demora do governo em lidar com casos de dengue e a crise nos hospitais federais do Rio de Janeiro, Lula defendeu a permanência da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e autorizou uma limpeza nos hospitais federais cariocas.
Durante a reunião, a ministra da Saúde enfrentou pressões políticas e críticas por desvios e perdas de produtos nos hospitais do Rio, revelados em uma reportagem. Lula, inicialmente irritado com o conteúdo da matéria, fez duras cobranças à ministra, mas posteriormente a defendeu, afirmando que ela permaneceria no governo. Após o encontro, Nísia Trindade iniciou uma ação de limpeza, demitindo o diretor de Gestão Hospitalar no Rio.
Em meio ao caos nos hospitais federais do Rio, com equipamentos quebrados e materiais vencidos, Lula também citou o ministro Alexandre Padilha, que está sob críticas. O presidente mencionou embates com o presidente da Câmara dos Deputados e destacou a importância de manter a cordialidade. O episódio revela os desafios enfrentados pelo governo de Lula, que busca reagir a problemas de saúde pública e melhorar a gestão hospitalar em meio a pressões políticas e críticas.
Caos no Rio
No último domingo (17), uma reportagem especial do Fantástico, da TV Globo, mostrou que, nos seis hospitais federais do Rio de Janeiro, há aparelhos médicos quebrados e caixas de materiais vencidos ou danificados — como utensílios cirúrgicos e próteses ortopédicas, cujo valor passa dos R$ 20 milhões.
As unidades, que são referência no tratamento de câncer, cardiologia e transplantes, também sofrem com a rede elétrica comprometida, o que aumenta o risco de incêndios. Enquanto isso, mais de 18 mil pacientes aguardam algum tipo de procedimento médico.
Padilha
Outro ministro citado por Lula e que está debaixo de fogo cruzado foi Alexandre Padilha. Lula falou que, de vez em quando, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-LA) critica o chefe das Relações Institucionais.
Padilha, brincando, disse que era todo dia. Aí o presidente emendou: “O importante é que a cordialidade está sendo mantida e eu quero marcar um aperitivo entre vocês para melhorar a relação”.