Terça-feira, 01 de julho de 2025

Lula minimiza alta da Selic com o Banco Central, comandado por presidente que ele indicou

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, durante o lançamento do Plano Safra de Agricultura Familiar, que seu governo precisa falar de juros reais e minimizou a alta na Selic (taxa básica de juros do Brasil), em elogio ao presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo.

Lula cobrou que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e os demais integrantes do seu governo falem sobre redução na taxa de juros, após anunciar que o Plano Safra manteve as taxas para a produção de alimentos e linhas de crédito custeio em 3% para produtos de alimentos da cesta básica e 2% para produtos da sociobiodiversidade, agroecologia e orgânicos.

“É importante lembrar que uma taxa de juro a 3% em um país com inflação de 5% significa menos do que juro zero”, disse.

“Todo mundo fala taxa de juros, todo mundo fica olhando o aumento da Selic. As pessoas se queixam que a taxa de juros está muito cara. Pois bem, se você pegar um juro a 14% ao ano e você descontar inflação, esse juro vai ser 9%. Então é importante que a gente aprenda a falar essas coisas para as pessoas se darem conta de que os nossos bancos estão fazendo aquilo que historicamente não faziam”, disse.

Na última reunião, em 18 de junho, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, e aumentou a Selic de 14,75% para 15% ao ano, em decisão foi unânime.

Lula também afirmou querer que a taxa de juros estivesse em zero, mas disse que isso não depende apenas da política econômica do Brasil.

“O Banco Central é independente. Galípolo é um presidente muito sério e eu tenho certeza que as coisas vão ser corrigidas com o passar tempo. Nós sabemos o que nós herdamos e nós não queremos ficar chorando, queremos mostrar o que vai vir pela frente”, disse ainda.

Em seu discurso, o petista também voltou a cobrar empresários em relação aos interesses da população. Na terça-feira (1º), está marcada a segunda etapa do Plano Safra, esta voltada ao empresariado.

“Tenho tentado convencer os empresários para que eles torçam para que os mais pobres cresçam. Porque quanto mais os pobres crescerem, vão ser mais consumidores, comprar mais”, afirmou. (Com informações da Folha de S.Paulo)

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