Segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 7 de novembro de 2022
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou de reuniões com sua equipe de transição de governo em São Paulo, nesta segunda-feira (7). O petista chegou na cidade no último sábado (5) depois de descansar por alguns dias na Bahia, ao lado de sua esposa Rosângela Silva, conhecida como Janja.
Esta foi a primeira reunião do candidato eleito com a equipe. Os integrantes liderados pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin atuam desde a semana passada em Brasília junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional.
Lula também participou de encontros com auxiliares e aliados para definir a agenda dos próximos dias e os nomes escolhidos para garantir a alternância do poder.
O processo de transição do governo do presidente, Jair Bolsonaro (PL), para Lula envolve membros das equipes de ambos os lados. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), coordena o grupo do petista, enquanto o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, lidera o lado do atual mandatário.
A partir desta semana, o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) também vai integrar a equipe do petista para participar de discussões sobre áreas de cidades e habitação. O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) está entre os cotados para assumir o Ministério das Cidades, que deve ser recriado.
A expectativa é de que Lula visite nos próximos dias, em Brasília, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber; e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
O desafio da gestão, que oficialmente ainda não começou, será negociar com o Congresso Nacional ajustes no Orçamento de 2023. Lula assumirá somente em 1º de janeiro de 2023. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, foi nomeado oficialmente chefe da transição de governo. Os dois trabalharão, até tomarem posse, com a equipe de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
O foco inicial dos trabalhos será assegurar, no orçamento do próximo ano, a manutenção do auxílio para a população carente em R$ 600. Até o momento, esse valor não está assegurado. A proposta de orçamento para 2023, encaminhada em agosto ao Congresso Nacional pela área econômica do presidente Jair Bolsonaro, prevê um benefício médio de R$ 405.
Durante sua campanha, Lula prometeu, ainda, um valor adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. A ideia é retomar o antigo Bolsa Família, revogado por Bolsonaro.
Além do auxílio para a população carente, outros temas considerados prioritários na revisão do orçamento de 2023 são o ganho real (acima da inflação) de 1,3% ou 1,4% ao salário mínimo em 2023; recursos para a saúde, como, por exemplo, os utilizados no programa Farmácia Popular e recursos para merenda escolar.
Além de montar o quebra-cabeças orçamentário, o presidente eleito também participará, nos próximos dias, da 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP27, em Sharm El Sheikh, no Egito.