Sexta-feira, 04 de julho de 2025

Luta por direitos LGTBT+: governador gaúcho Eduardo Leite elogia a deputada federal paulista Erika Hilton

Único governador do Rio Grande do Sul a assumir publicamente sua homossexualidade (em 2021), Eduardo Leite (PSD) elogiou os posicionamentos de Erika Hilton (Psol-SP) – primeira mulher trans a exercer o cargo de deputada federal – na luta pelos direitos da população LGBTQIA+. A manifestação foi feita em depoimento ao canal do jornalista e também gaúcho Luciano Potter nas redes sociais.

O virtual pré-candidato à Presidência da República na eleição de 2026 também disse que fica “entristecido” quando alguém o acusa de não contribuir para reduzir a discriminação. A seu favor, porém, mencionou o fato de ter ajudado ao se declarar gay:

“De um deles eu ouvi que mais atrapalho que ajudo o movimento, porque tenho um comportamento heteronormativo, ou qualquer coisa assim, e que portanto sou um gay fácil de os intolerantes aceitarem. Claro que me machuca ouvir uma coisas dessas”.

A citação da parlamentar paulista se deu na sequência, ao mencioná-la como exemplo: “Muito obrigado a essas pessoas, sejam do partido que forem. Erika Hilton é do Psol e certamente não concordo com todas suas ideias do ponto-de-vista de governo e organização política, administrativa ou econômica, mas acho ela uma figura superrelevante”.

Leite prosseguiu: “Do jeito que a gente vive hoje a política no Brasil, tenho receio de fazer um elogio à Erika e ela vir dizer que ‘não quer elogio do governador’, mas nesta causa LGBTQIA+ a deputada teve muita colaboração.”

Quem é Erika Hilton

Natural do município de Franco da Rocha (SP) e formada em Pedagogia, Erika Hilton é uma mulher trans de 32 anos e que exerce seu primeiro mandato de deputada federal, pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol). Sua trajetória parlamentar começou nas eleições de 2018 em São Paulo, ao integrar mandato coletivo encabeçado por Mônica Seixas.

Em 2021, obteve notoriedade internacional ao se tornar a primeira vereadora transgênero eleita pela capital paulista Paulo e também a parlamentar municipal mais votada do Brasil. Durante o mandato, discutiu questões de gênero, desigualdade e foi responsável pela criação da CPI da Transfobia, dentre outras iniciativas.

No ano seguinte foi eleita com 256.903 votos para deputada federal, além de ser reconhecida como uma das “100 mulheres mais inspiradoras e influentes do mundo” pela rede britânica BBC.

Por votação do público, em 2023 ela ficou em segundo lugar entre os melhores parlamentares no Prêmio “Congresso em Foco”, bem como em sexto na escolha pelo júri especializado.

Já em 2024, Erika se tornou a primeira pessoa trans a assumir na Câmara a liderança de seu partido (Federação Psol-Rede Sustentabilidade) e ainda foi escolhida em votação popular do mesmo certame como melhor deputada do País. (Marcello Campos, com informações da “Folha de S.Paulo”).

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