Sábado, 27 de julho de 2024

Mais da metade dos brasileiros não confia no open banking

O open banking e a segurança digital são motivo de preocupação para mais de 52% dos brasileiros, segundo dados levantados pela Akamai Technologies.

A empresa norte-americana de nuvem e cibersegurança entrevistou 1.118 pessoas entre abril e junho de 2022. Mais da metade afirmou não se sentir confortável com o compartilhamento dos seus dados entre bancos e outras instituições financeiras.

O serviço começou a ser adotado no Brasil em 2021, com a promessa de trazer mais transparência e autonomia. Ele é usado para transportar os dados de um banco a outro quando alguém decide migrar a conta; a ferramenta só pode ser aplicada caso o cliente autorize.

Dessa forma, o novo banco ou fintech terá acesso ao histórico do cliente sem ter que “começar do zero”, evitando burocracias. Recentemente, o Banco Central modificou o termo para open finance, já que a ferramenta passou a abranger serviços como seguros, câmbio e previdência.

Entre os dados que podem ser compartilhados no open banking se destacam os de empréstimos. dados pessoais como CPF, CNPJ, telefone e endereço e dados relativos à renda, conta corrente e capacidade de compra.

Apesar da desconfiança, apenas 36% dos entrevistados pela pesquisa afirmaram entender do que se trata o open banking. Já 45% do total de respondentes dizem saber que o banco oferece o sistema. Destes, afirmam não conhecer os benefícios de utilizá-lo.

Para o diretor geral da Akamai Technologies na América Latina, Claudio Baumann, a adesão dos brasileiros ao sistema pode ser potencializada por meio de ações que ensinem ao público como funciona a ferramenta. “Para que os clientes incorporem essa tecnologia na sua vida financeira, as instituições financeiras privadas podem desenvolver trabalhos de educação, explicando os serviços e os benefícios do processo de compartilhamento de informações com ênfase na sua transparência e no direito de escolha dos usuários quanto às informações a compartilhar”, ele afirma.

De acordo com o Banco Central, bancos de grande porte como o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, BNDES e Santander são obrigados a adotar o open banking. Por outro lado, fintechs e empresas de pagamentos como PicPay, Mercado Pago e Nubank podem escolher entre participar ou não.

Regulamentado em 2019, o Open Banking teve sua fase final de implementação concluída só em maio deste ano. O economista da Boa Vista Flavio Calife é quem esclarece, em linhas gerais, como o sistema funciona: “O Open Banking é uma inovação regulatória que permite que os correntistas de um banco disponibilizem seus dados para as instituições financeiras concorrentes. A medida busca disponibilizar para o consumidor com histórico de pagamentos em dia, ofertas de empréstimos com juros mais baixos, melhores condições em cartões de crédito e seguros, entre outros produtos bancários”, explica.

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