Por Redação do Jornal O Sul | 26 de abril de 2025
Ao menos 400 mil pessoas tomaram as ruas do Vaticano, nesse sábado (26), para o funeral do papa Francisco. De acordo com informações da cúpula da Igreja Católica, o número abrange os mais de 250 mil fieis aglomerados na Praça São Pedro e outras 150 mil pessoas que acompanharam a cerimônia de despedida em vias próximas.
Dentre os presentes no evento estavam chefes de Estado e de governo de diversos países, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega norte-americano Donald Trump.
A chamada “Missa das Exéquias” começou por volta das 10h (5 horas da manhã, no horário de Brasília), sob condução do cardeal italiano Giovanni Battista Re, de 91 anos. Essa foi a última celebração religiosa antes do sepultamento do pontífice.
Durante a homilia da missa no funeral do papa, o cardeal exaltou o legado de Francisco, incluindo o combate às guerras no mundo:
“Perante o eclodir de tantas guerras nos últimos anos, com horrores desumanos e inúmeras mortes e destruições, o papa Francisco levantou incessantemente a sua voz implorando a paz e convidando à sensatez. Porque a guerra, dizia ele, é apenas morte de pessoas e destruição de casas, hospitais e escolas”.
Depois, o caixão com o corpo do Pontífice foi conduzido do Vaticano até o local de sepultamento, a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma (Itália). O trajeto é de quase 4,5 quilômetros.
Resumo biográfico
Nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires (Argentina), Francisco foi o 266º líder da Igreja Católica e também o primeiro religioso do continente americano na função. Ele exercia o cargo desde 13 de março de 2013, quando foi eleito após a renúncia de seu antecessor Bento 16 – o alemão Joseph Ratzinger (1927-2022), no mês anterior, devido à saúde debilitada.
Francisco morreu na segunda-feira passada (21), aos 88 anos, em decorrência de um AVC (acidente vascular cerebral) seguido de quadro de insuficiência cardíaca aguda. Ele chegou a permanecer 38 dias internado para tratar uma pneumonia, até receber alta no dia 23 de março.
O rito de sepultamento teve início às 13h no horário local (7h em Brasília), com uma cerimônia privada e presidida pelo cardeal escocês Kevin Farrell, 77 anos. Além de organizar a solenidade, caberá a ele ajudar na organizar do conclave (processo de escolha do futuro papa), que deve ser realizado em breve.
A escolha pela Basílica de Santa Maria Maggiore havia partido do próprio pontífice, por meio de testamento assinado em julho de 2022. Ele expressou o desejo de um túmulo simples, escavado no solo, sem decoração e apenas com a inscrição “Franciscus”.
