Quinta-feira, 31 de julho de 2025

Mais de 50% dos usuários da internet acessam a rede pelo televisor

Em 2024, 53,3% de toda a população com 10 anos de idade ou mais que usa internet acessou a rede por meio de Smart TVs (ou televisões inteligentes). Embora o celular siga como o principal dispositivo para esse fim, o crescimento da TV como meio de conexão mostra uma mudança nos hábitos digitais dos brasileiros.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad TIC), divulgada pelo IBGE. A pesquisa acompanha desde 2016 a forma como os brasileiros acessam a internet, e mostra transformações consistentes no uso dos aparelhos ao longo dos anos.

O percentual de pessoas que usam a televisão para navegar na internet cresceu de forma constante, saindo de 11,3% em 2016, passando por 32,2% em 2019, até ultrapassar, pela primeira vez, a marca de 50% em 2024. O dado reflete a popularização das Smart TVs e também o acesso facilitado a aplicativos de streaming, como Netflix, Globoplay e YouTube.

Por outro lado, o uso do computador para acessar a internet vem diminuindo progressivamente. Em 2016, 63,2% dos usuários de internet utilizavam computadores. Em 2019, esse número caiu para 46,2% e, em 2024, atingiu o menor nível da série histórica: 33,4%. A queda pode estar relacionada à maior presença de celulares e televisores com funções conectadas, que suprem necessidades antes restritas ao computador.

Apesar disso, o celular segue como o meio mais usado para se conectar à rede, com índices estáveis desde os primeiros anos da pesquisa. A facilidade de acesso, os planos de dados móveis e o preço mais acessível dos smartphones contribuem para essa predominância.

Outra tendência observada é o avanço dos chamados dispositivos inteligentes, como a assistente virtual Alexa. O número de domicílios com esse tipo de tecnologia passou de 16% em 2023 para 18,1% em 2024, refletindo o interesse crescente por automação residencial e conectividade.

Entre os aparelhos mais comuns estão lâmpadas controladas por aplicativo, geladeiras com sensores, aparelhos de ar-condicionado inteligentes e caixas de som com conexão à internet. No entanto, a pesquisa indica que esses recursos ainda estão concentrados entre as famílias de maior renda: o rendimento médio dos domicílios que possuem dispositivos inteligentes é de R$ 3.564, quase o dobro dos que não têm, cuja média é de R$ 1.777.

 

 

(Com O Globo)

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