Sábado, 11 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 10 de outubro de 2025
Ao longo de mais de 120 anos de história, o Nobel da Paz premiou políticos, organizações, ativistas e figuras importantes que colaboraram com o avanço da humanidade como sociedade e com acordos que pararam conflitos. Nesta lista estão nomes como Madre Teresa de Calcutá, Nelson Mandela e Tenzin Gyatso, o Dalai Lama — mas também nomes do meio político, como Barack Obama e Henry Kissinger.
Na edição de 2025, o Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo, anunciou a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, como a vencedora.
Até 2024, 19 mulheres e 92 homens haviam recebido o prêmio. Por 19 vezes, o comitê organizador resolveu não entregar a honraria a ninguém — a última em 1972.
Em 2024, o prêmio foi concedido a uma instituição, a Nihon Hidankyo. A organização japonesa representa sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, realizados pelos EUA em 1945, e defende a abolição total de armas nucleares.
De acordo com o testamento de Alfred Nobel, o Prêmio Nobel da Paz deve ser entregue à pessoa ou organização que tenha contribuído de forma significativa para a fraternidade entre as nações, a abolição ou redução de exércitos permanentes, e a promoção de congressos de paz.
Em 2023, o Nobel da Paz foi concedido a Narges Mohammadi, voz da revolução feminina no Irã.
Confira, a seguir, outras histórias envolvendo o Nobel da Paz.
Madre Teresa
Madre Teresa de Calcutá ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1979. A escolha se deu pelo trabalho dela em ajudar pessoas que estavam em sofrimento.
Ela ficou mundialmente conhecida por ter construído hospitais, casas de repouso, cozinhas, escolas, colônias para doentes e orfanatos. Teresa também era chamada de “Santa das Sarjetas”, pelo trabalho dela nas regiões mais pobres de Calcutá, na Índia.
As ações de Madre Teresa fizeram com que ela ficasse conhecida no mundo todo, influenciando o trabalho voluntário em vários países.
A religiosa morreu em 1997. Em 2016, o papa Francisco a declarou santa.
Nelson Mandela
Em 1993, Nelson Mandela foi eleito como vencedor do Nobel da Paz. Naquela época, a escolha foi classificada como “óbvia”.
Mandela passou 27 anos na prisão. Ainda assim, clamou por uma transição pacífica para acabar com o apartheid na África do Sul.
Mandela recebeu o Nobel da Paz em conjunto com Frederik Willem de Klerk — o último líder branco da África do Sul. Segundo o comitê, os dois trabalharam para “estabelecer as bases para uma nova África do Sul democrática”.
Muitos afirmaram que Mandela deveria ter vencido sozinho, enquanto outros disseram que o líder sul-africano não poderia fazer a paz sem um parceiro.
No entanto, o comitê argumenta que o prêmio foi concedido a ambos para encorajar a transição pacífica na África do Sul, a qual não havia sido concluída na época da premiação.
Barack Obama
O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama recebeu o prêmio em 2009, enquanto ainda estava em seu primeiro ano no cargo. A honraria foi concedida pelos apelos de Obama pelo desarmamento nuclear e pelo trabalho pela paz mundial.
“Muito raramente uma pessoa com a influência de Obama capturou a atenção do mundo e deu às pessoas a esperança de um futuro melhor”, disse o então presidente do Comitê Nobel da Noruega, Thorbjoern Jagland, à época.
Analistas americanos consideraram a premiação como uma “surpresa”.
O prêmio concedido a Obama também foi alvo de críticas. Alguns especialistas afirmaram que a entrega da honraria seria “prematura”, já que o então presidente ainda não havia alcançado resultados concretos na agenda pela paz.
Outros vencedores
Outras personalidades e instituições que venceram o Nobel da Paz:
* Theodore Roosevelt, ex-presidente dos EUA, em 1906.
* Cruz Vermelha, em 1917, 1944 e 1963.
* Woodrow Wilson, ex-presidente dos EUA e fundador da Liga das Nações, em 1919.
* Cordell Hull, um dos fundadores da ONU, em 1945.
* Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em 1954 e 1981.
* Martin Luther King Jr, ativista norte-americano, em 1964.
* Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 1965.
* Tenzin Gyatso, 14º Dalai Lama, em 1989.
* Mikhail Gorbachev, ex-presidente da União Soviética, em 1990.
* Aung San Suu Kyi, ativista pelos direitos humanos, em 1991.
* Médicos Sem Fronteiras, em 1999.
* ONU, em 2001.
* Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, em 2007.
* União Europeia, em 2012
* Malala Yousafzai, ativista paquistanesa, em 2014.