Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 12 de dezembro de 2022
Manifestantes tentaram invadir o prédio da Polícia Federal (PF), na Asa Norte, em Brasília, no começo da noite desta segunda-feira (12). Eles atiraram pedras e vários carros foram danificados no local. Depois, atearam fogo em ônibus.
Pedaços de pau também foram usados. A Polícia Militar do Distrito Federal foi chamada e houve confronto. O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse: “Por enquanto estamos agindo com as forças policiais. Todas as nossas forças policiais (…) estão nas ruas”.
Tiros de borracha e bombas de efeito moral foram lançadas. Após vandalizar carros no estacionamento da Polícia Federal, o grupo de radicais se dividiu e seguiu pela Asa Norte, onde os atos de vandalismo continuaram. Carros e, pelo menos um ônibus foram queimados.
Um shopping fechou as portas. O grupo chegou a fechar uma via. Pedaços de pedra, paus e galhos de árvores foram colocados para impedir o trânsito na W3 Norte.
O futuro ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino (PSB) disse por meio de uma rede social que repudia os atos.
Prisão
Os atos começaram após um indígena identificado como José Acácio Tserere Xavante ter sido preso por participação em atos antidemocráticos nesta segunda. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária, por 10 dias, do indígena.
A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e baseada, segundo o STF, na “suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos”.
No pedido de prisão, segundo trechos divulgados pelo Supremo, a PGR afirma que o indígena vem usando de sua posição como líder do povo Xavante para arregimentar pessoas para o cometimento de crimes.
“A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, diz o documento da PGR.