Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 6 de novembro de 2025
Durante a entrevista coletiva após a derrota do Grêmio para o Cruzeiro, Mano Menezes foi questionado sobre as declarações polêmicas feitas por Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira no 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, realizado na sede da CBF. Os ex-treinadores criticaram a presença de técnicos estrangeiros no Brasil, inclusive com Carlo Ancelotti, atual comandante da Seleção Brasileira, presente no palco.
Mano, que não participou do evento, fez questão de se distanciar das falas e adotou um tom crítico sobre a forma como o debate foi conduzido. “Meu falecido pai me ensinou desde pequeno que sempre que convidássemos uma pessoa para ir à nossa casa, nós tínhamos que tratar com respeito. E isso vale para a minha vida. Se eu convidar alguém, pode ir tranquilo na minha casa, que nós vamos te respeitar”, afirmou.
O treinador também lamentou o impacto coletivo que esse tipo de postura pode gerar. “Ficou muito feio para todos nós treinadores brasileiros, porque aí todos nós vamos ser colocados no mesmo saco”, disse, demonstrando preocupação com a imagem da classe.
Mano reforçou que não autorizou ninguém a falar em seu nome e que cada profissional deve ser responsável por suas próprias declarações. “A discussão passa a ser, ‘não, porque são recalcados, porque são piores’, e eu não dei procuração para ninguém falar em meu nome. Vamos deixar a declaração para as pessoas que foram responsáveis pela declaração. Não tem porta-voz, ninguém fala no meu nome”, completou.
O episódio reacendeu o debate sobre a presença de técnicos estrangeiros no futebol brasileiro e a postura de parte da classe diante dessa realidade. Mano Menezes, por sua vez, optou por uma abordagem mais diplomática e ética, defendendo o respeito mútuo e o diálogo em momentos apropriados, “Podemos ter opiniões divergentes, mas vamos conversar sobre elas no lugar certo e não na hora errada”.