Quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Médico de Bolsonaro diz que cirurgia do ex-presidente deve durar de 3 a 4 horas; veja detalhes

A cirurgia à qual o ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido nesta quinta-feira (25), é “padronizada, com menor risco de complicações”, afirmou o cirurgião-geral Claudio Birolini, que acompanha o ex-presidente.

Segundo ele, o procedimento, uma herniorrafia inguinal, deve durar de três a quatro horas. O médico ponderou que “toda cirurgia é complexa”, mas disse que essa deve ser muito mais simples em comparação à operação realizada em abril, que demandou cerca de 12 horas.

“É muito mais simples por se tratar de um procedimento padronizado e realizado de forma eletiva. A outra foi uma cirurgia não regrada, em uma situação de emergência no que chamamos de um ‘abdome hostil’”, disse.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a internação de Bolsonaro no Hospital DF Star, em Brasília, para a realização do procedimento.

O ex-presidente deve deixar a Polícia Federal pela manhã nesta quarta (24). O procedimento deve ser feito na manhã seguinte. Segundo pessoas ligadas ao ex-presidente, o preparo pré-operatório deve ocorrer no mesmo dia. Ainda não há definição sobre o horário do bloqueio anestésico do nervo frênico.

Procedimento

A hérnia acontece quando há uma frouxidão ou abertura na parede abdominal/pélvica que permite o extravasamento de alças do intestino ou de outros tecidos por meio dessa abertura. O quadro leva à formação de um caroço e pode trazer dor e desconforto, em especial durante esforço físico.

Quando esse extravasamento ocorre na região da virilha, a hérnia é chamada de inguinal. Ela é considerada bilateral quando atinge a virilha direita e a esquerda simultaneamente.

A cirurgia, como apontou anteriormente o médico Paulo Barros, cirurgião do aparelho digestivo do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, consiste em empurrar o conteúdo da barriga para dentro e colocar uma tela de polipropileno (um tipo de plástico) na área afetada. Essa tela faz a contenção da parede abdominal, fechando esse “buraco”.

Paulo Barros explicou que a cirurgia pode ser feita tanto da forma tradicional, com um corte na virilha, quanto pela via laparoscópica, em que as incisões são muito pequenas (5 a 8 milímetros) e o procedimento é feito com o auxílio de uma câmera inserida no interior do paciente por meio dessas incisões. A cirurgia laparoscópica pode ser feita com ou sem a tecnologia robótica. (Com informações de O Estado de S. Paulo)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Alexandre de Moraes proibiu o ingresso de computadores, celulares ou quaisquer dispositivos eletrônicos no quarto de Bolsonaro durante internação para cirurgia
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play