Por Redação do Jornal O Sul | 23 de dezembro de 2025
Os médicos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esperam realizar a cirurgia para corrigir uma hérnia inguinal bilateral ainda nesta semana e estimam que ele possa ficar até sete dias internado. As informações são da CNN Brasil.
Os advogados de Bolsonaro pediram ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que o ex-presidente seja conduzido e internado no hospital DF Star, em Brasília, nesta quarta-feira (24), véspera de Natal, para que o político possa ser submetido aos exames necessários e preparatórios ao procedimento cirúrgico.
A solicitação é para que a cirurgia ocorra no dia seguinte, ou seja, em pleno Natal. O calendário ainda depende de autorização do ministro Alexandre de Moraes, que deve pedir a manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República). O cirurgião Cláudio Birolini confirmou nesta terça-feira (23) que continua em São Paulo, aguardando a autorização da Corte.
“Assim que sair autorização de internação, iremos para Brasília. Se os processos, que independem de nossa vontade ou atuação, ocorrerem dentro de nossa expectativa, acredito que ocorra ainda nesta semana”, afirmou o médico. A equipe médica vai definir as condições do pós-operatório depois da realização dos procedimentos propostos.
“Trabalhamos com a possibilidade de uma internação de cinco a sete dias, considerando o período necessário para analgesia, fisioterapia, profilaxia de eventos trombóticos, etc, com a segurança necessária, considerando as particularidades do caso”, afirmou Birolini.
Exames clínico e ultrassonográfico evidenciaram hérnia inguinal bilateral com protrusão de alça intestinal. O quadro ajuda a explicar a presença de soluços persistentes relatados por Bolsonaro. Durante o período de internação hospitalar, os médicos farão um bloqueio anestésico do nervo frênico, com a finalidade de atenuar as crises de soluços.
Em abril, o ex-presidente passou por uma cirurgia de 12 horas para tratar uma suboclusão intestinal. Desde então, os médicos acompanham os resultados de longo prazo da cirurgia. “Me parece que está tudo sob controle. Também merecem monitoramento contínuo as lesões de pele”, afirma o doutor Birolini.
