Quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Menino de 6 anos é picado em Santa Catarina pela cobra mais venenosa do País

Uma criança de 6 anos foi picada por uma cobra coral-verdadeira em Nova Trento, na Grande Florianópolis, e levada de helicóptero pelos bombeiros para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital.

A espécie é considerada a mais venenosa do Brasil, segundo o biólogo Christian Raboch, especialista em serpentes, em entrevista em janeiro deste ano. Segundo os bombeiros, o quadro de saúde do menino é estável.

O resgate informou que a criança foi picada após movimentar uma caixa, em um local próximo de casa. A equipe de operações aéreas foi acionada por volta das 10h40, após ser atendida pelo Samu.

Ainda de acordo com os bombeiros, o estado de saúde do menino “não era grave no momento do atendimento”. A transferência foi necessária, no entanto, devido à periculosidade do veneno do animal. O biólogo Christian Raboch, especialista em serpentes, afirmou que, em casos de picada dessa espécie, o atendimento médico precisa ser imediato. O tratamento envolve o injeção de um soro antielapídico.

“Quanto mais rápido utilizar o soro, menor vão ser os sintomas”, afirmou o biólogo. Segundo ele, o veneno da coral-verdadeira age no sistema nervoso e se espalha rapidamente pelo corpo. Segundo Christian, apesar de ser peçonhenta, menos de 1% dos acidentes domésticos acontecem com a espécie, já que ela não dá bote.

De acordo com o especialista, em caso de picada de cobra não se deve cortar o local, fazer perfurações ou sucção. O local da picada deve ser lavado com água e sabão; e a vítima deve ser levada o mais rápido possível ao hospital.

Caso seja picado por uma cobra, não se deve amarrar o local. Segundo o biólogo Christian Raboch, o torniquete pode aumentar o risco de necrosar o local e resultar até em amputação. Também é importante tentar identificar a serpente (pode ser por foto, se possível), pois isso facilitará para escolha do soro antiofídico a ser aplicado.

Em caso de acidente com serpente, entre em contato com o Samu (192), os Bombeiros (193), com a Polícia Ambiental da sua cidade (190) ou se dirija ao hospital público mais próximo.

Coral-verdadeira

Descritas em 1758, as cobras-corais verdadeiras apresentam coloração em tons de vermelho, laranja, amarelo e branco contrastantes com anéis ou manchas que variam do negro ao castanho-escuro. A espécie possui cabeça oval, recoberta por escamas grandes, olhos pequenos e pretos, corpo cilíndrico com escamas dorsais lisas, cauda curta e roliça.

Distribuídas do sul dos Estados Unidos até a Argentina, ocorrem em todos os países continentais americanos, exceto no Chile e no Canadá, e possuem a capacidade de habitar diferentes tipos de ambientes, desde paisagens desérticas do Peru até savanas elevadas das Guianas e florestas tropicais da Bacia Amazônica.

No Brasil são conhecidas 32 espécies de cobras-corais-verdadeiras, entre elas a Micrurus lemniscatus, que ocorre em todo o território brasileiro e, com frequência, nos estados do Pará, Maranhão e Amapá.

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