Sexta-feira, 13 de junho de 2025

Mercado médico: saiba por que medicina ainda é o curso que mais emprega no Brasil

Em um cenário onde muitas carreiras passam por instabilidades e alta competitividade, a medicina segue como uma das formações superiores mais promissoras em termos de empregabilidade. De acordo com informações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), cerca de 94,3% dos médicos brasileiros estão atualmente inseridos no mercado de trabalho, uma taxa consideravelmente superior à média geral de 56% observada entre outras graduações.

A atratividade da profissão também se reflete na remuneração inicial: enquanto médicos recém-formados recebem em torno de R$ 12.450,00 mensais, outras categorias profissionais têm salários médios iniciais próximos de R$ 3.890,00.

Apesar desses números positivos, a distribuição geográfica dos profissionais de saúde ainda apresenta distorções significativas. Dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostram que grandes centros urbanos, como São Paulo, contam com uma média de 4,5 médicos por mil habitantes, enquanto regiões do Nordeste apresentam apenas 1,6 por mil.

Em alguns municípios interioranos, esse número pode ser inferior a 0,5 médico por mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o Brasil precisaria de mais 50 mil médicos para alcançar uma proporção mais adequada de atendimento à população.

Transformações e novas demandas

Com a evolução tecnológica e mudanças nos padrões de saúde da população, o campo médico vem passando por uma profunda renovação. Diversas especialidades estão ganhando destaque, e novas formas de atendimento estão sendo integradas à prática médica:

* A telemedicina, regulamentada oficialmente durante a pandemia, já responde por 15% das consultas médicas no Brasil e tende a crescer cerca de 25% ao ano, segundo a Associação Brasileira de Telemedicina.

* A área de Medicina de Família e Comunidade enfrenta déficit de profissionais, com 8 mil vagas abertas no SUS, sendo uma das principais carências em regiões mais afastadas dos grandes centros.

* A saúde mental tornou-se prioridade, com um aumento de 300% na necessidade por profissionais especializados nos últimos dez anos, devido ao crescimento de casos de ansiedade, depressão e outras condições emocionais.

Habilidades 

Para acompanhar essas mudanças, os profissionais da saúde precisam ir além do domínio técnico. Entre as competências cada vez mais valorizadas, estão:

* Conhecimento em ferramentas digitais, como prontuários eletrônicos e plataformas de atendimento remoto;

* Capacidade de gestão em saúde, essencial para trabalhar de forma integrada com equipes multiprofissionais e gerenciar recursos com eficiência;

* Comprometimento com a atualização científica contínua, baseada em evidências clínicas.

Panorama atual

* Salário médio inicial: R$ 12.450

* Satisfação profissional: 87% dos médicos se dizem realizados com a carreira

* Residências médicas: crescimento de 22% nas vagas

* Especialidades em alta: Geriatria, Saúde da Família e Medicina do Trabalho.

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