Quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 24 de maio de 2023
A Meta, dona do Facebook e Instagram, fez uma nova rodada de cortes nesta quarta-feira (24) em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil. Por aqui, o aviso veio por e-mail, segundo uma fonte que não quis se identificar.
A expectativa é de que 6 mil funcionários sejam demitidos nessa nova leva em todo o mundo.
A Meta é uma das empresas de tecnologia que estão fazendo um reajuste no quadro de funcionários com o intuito de se tornar mais eficiente, após contratação em massa durante o auge da pandemia.
Em março, pessoas familiarizadas com o assunto informaram que, com as rodadas de cortes, o total de demitidos corresponderia a 13% da força de trabalho, mesma magnitude do que aconteceu no ano passado. Em 2022, esse percentual significou 11 mil demissões.
Enquanto isso, Mark Zuckerberg continua liderando com folga os ganhos entre os bilionários neste ano. O cofundador da dona de Facebook, WhatsApp e Instagram viu seu patrimônio crescer US$ 44,3 bilhões desde janeiro, segundo o Bloomberg Billionaires Index, o maior valor entre todos os integrantes da lista – apurada até 22 de maio.
Com uma fortuna de US$ 89,9 bilhões, Zuckerberg é atualmente a 12ª pessoa mais rica do mundo. E, apenas com os ganhos do acumulado de 2023, ocuparia o 28º lugar, à frente de Phil Knight, o fundador da Nike.
Multa
A Meta foi multada em 1,2 bilhão de euros (1,3 bilhão de dólares) por mau uso de dados de usuários ao transferi-los entre a Europa e os Estados Unidos. Emitida pela Comissão de Proteção de Dados (DPC, na sigla em inglês) da Irlanda, esta é a maior multa já imposta sob a lei de privacidade do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) da União Europeia.
O GDPR estabelece regras que as empresas devem seguir para transferir dados de usuários para fora do bloco europeu.
A Meta afirmou que vai entrar com um recurso contra a decisão “injustificada e desnecessária”. No cerne desta decisão está o uso de cláusulas contratuais padrão (SCCs, na sigla em inglês) para mover dados da União Europeia para os EUA.
Esses contratos legais, elaborados pela Comissão Europeia, contêm salvaguardas para garantir que os dados pessoais continuem protegidos quando transferidos para fora da Europa.
Mas há receio de que esses fluxos de dados ainda exponham os europeus às leis de privacidade mais fracas dos EUA – e a inteligência dos EUA possa acessar os dados.
Esta decisão não afeta o Facebook no Reino Unido.