Sábado, 02 de agosto de 2025

Michelle Bolsonaro avisa que não vai a protesto na Paulista e deixa aliados indignados

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) não comparecerá ao ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que será realizado neste domingo (3) na Avenida Paulista. Michelle viajou para Marabá (PA), onde participará de encontro do PL Mulher neste sábado (2). Ela pretende integrar a manifestação em apoio ao ex-presidente na capital do Estado, Belém.

A decisão, segundo a assessoria, ocorreu uma vez que o PL deseja realizar atos em todos os Estados do País e já há representantes em São Paulo. Além disso, a escolha de Michelle, afirma a equipe da ex-primeira-dama, representa “uma forma de demonstrar o carinho que ela tem pelo povo do Norte do Brasil”, uma vez que ela nunca compareceu a manifestações na região.

Bolsonaro também ficará de fora das manifestações, pois está proibido de sair de casa aos finais de semana por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmada pela Primeira Turma da Corte.

O magistrado será um dos alvos dos protestos. Os bolsonaristas aproveitam o cenário, após aplicação de sanção dos Estados Unidos ao juiz, para criticá-lo e também o STF por uma suposta censura e demonstrar apoio à pauta da anistia.

A ideia era que Michelle fosse a voz do ex-presidente no evento. Mas ela se negou a alterar os planos anteriores para ir à manifestação. A ex-primeira-dama afirmou aos organizadores que vai participar de um encontro do PL Mulher em Marabá (PA), que inicia no sábado (2). O protesto na avenida Paulista está marcado para o dia seguinte.

A atitude da ex-primeira-dama deixou os aliados do ex-presidente e integrantes do partido dele, o PL, perplexos. A surpresa inicial, no entanto, deu lugar à indignação.

Um parlamentar do partido afirmou à Folha de S. Paulo achar a atitude dela “um absurdo”. Ele afirma que não dá para imaginar o que a ex-primeira-dama poderia ter de mais importante para fazer no próximo domingo do que representar o marido – que é também o maior líder da direita no Brasil – num evento que vai protestar contra a provável prisão dele, que está prestes a ser condenado pelo STF por tentativa de golpe de estado.

O mesmo deputado afirma que a única explicação possível é a de que Michelle, que deveria sua projeção a Bolsonaro, está querendo se descolar de o marido para fazer um voo solo. Outro palpite é o de que ela pode pensar que, neste momento de desgaste da direita por causa do tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump contra o Brasil, o melhor que pode fazer é se preservar.

Um outro apoiador de Bolsonaro que conversou com a coluna e que está envolvido com a mobilização disse que a atitude dela, embora incompreensível, não é exatamente uma surpresa já que nem sempre Michelle esteve ao lado do ex-presidente em momentos políticos de crise aguda.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) alegou que precisará se submeter a um procedimento médico e também deixará lugar vazio no palanque.

O último ato realizado por Bolsonaro na Paulista, em 29 de julho, reuniu 12,4 mil pessoas. O número é o menor registrado em São Paulo em manifestações bolsonaristas desde que o político deixou a Presidência em 2022. Com informações de O Globo e Folha de S. Paulo.

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