Sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Michelle Bolsonaro, Rosangela Moro e Gleisi Hoffmann podem se enfrentar em disputa por vaga de Sergio Moro no Senado

A vaga de Sergio Moro (União Brasil) no Senado pode ser alvo de uma disputa acirrada entre três mulheres, caso a Justiça Eleitoral decida cassar o mandato do ex-juiz. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e as deputadas federais Rosangela Moro (União Brasil) e Gleisi Hoffmann (PT) avaliam concorrer à vaga de senadora pelo Paraná neste cenário.

Um dos principais entusiastas da candidatura de Michelle hoje é Jair Bolsonaro. A leitura que o ex-presidente tem feito a aliados é que um mandato de senadora ajudaria a “proteger” Michelle de investigações que o envolvem e que atingem a ex-primeira-dama.

No entorno de Sergio Moro, a possibilidade de sua esposa, Rosangela, entrar na corrida eleitoral também está na mesa. O grupo político do ex-juiz vê a advogada e deputada federal como um ativo que pode suceder o marido no posto e manter seu capital político.

Se decidirem concorrer, tanto Michelle quanto Rosangela terão que transferir seu domicílio eleitoral para o Paraná, o que precisa ser feito ao menos seis meses antes da eleição. Michelle tem domicílio eleitoral no Distrito Federal e Rosangela em São Paulo. A deputada fez a mudança em 2022 para disputar uma vaga na Câmara pelo estado.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já vem se colocando na disputa. A primeira-dama Janja da Silva foi às redes, em junho, fazer campanha pela petista, a quem chamou de “futura senadora”. Gleisi mantém domicílio eleitoral em Curitiba.

O PT e o PL movem uma ação na tentativa de cassar o mandato de Moro no Senado e convocar novas eleições. O caso está sendo julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e depois será decidido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Depoimentos

O TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) marcou para 16 de novembro, às 13h, o depoimento do senador Sergio Moro (União Brasil) em processo que pode levar à cassação de seu mandato. Trata-se de duas ações: uma movida pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e outra, pela Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV), que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em junho, o tribunal decidiu unir as ações.

Moro e seus suplentes no Senado, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, são acusados de abuso de poder econômico e político, e de uso indevido de meio de comunicação social durante as eleições de 2022. Conforme determinado pelo desembargador Dartagnan Serpa Sá, relator do caso, a audiência deve ser realizada via videoconferência, mas “não há impedimento aos investigados de prestarem depoimento pessoal quando a isso se dispuserem”.

O desembargador também marcou, para 27 de outubro, o depoimento de testemunhas da defesa de Moro. O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR)e o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, estão listados.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Saiba quem é o deputado youtuber acusado de espancar a mulher até ela desmaiar no litoral de São Paulo
Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral: relator vota para rejeitar primeira de três ações contra o ex-presidente
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play