Quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Michelle gera desconforto no núcleo duro do bolsonarismo ao admitir concorrer em 2026

A disposição da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro de disputar as eleições como sucessora do ex-presidente Jair Bolsonaro gerou desconforto no núcleo duro do bolsonarismo.

Três fatores justificam esse impasse: ela enfrenta resistência da família para uma candidatura presidencial; o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) insiste em ser o herdeiro político do pai na disputa pelo Planalto ano que vem; e a ala mais ao centro do PL é entusiasta do nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para enfrentar o presidente Lula.

Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, Michelle admitiu, pela primeira vez, que pode estar nas urnas em 2026, “se for da vontade de Deus”. “Eu me levantarei como uma leoa para defender nossos valores conservadores”, disse.

Ao jornal, Michelle afirmou estar focada em cuidar das filhas e do marido, mas não descartou uma candidatura nas eleições de 2026. Michelle é cotada para concorrer ao Palácio do Planalto ou ao Senado pelo Distrito Federal. Em julho, ela transferiu o título para a capital federal.

“Eu me levantarei como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a Justiça. Se, para cumprir a vontade de Deus, for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer tudo o que Ele me pedir”, disse a ex-primeira-dama.

Segundo Michelle, “em um país verdadeiramente democrático”, a ação penal que levou à condenação de Bolsonaro “seria nula desde o início”. A ex-primeira-dama alega “violações básicas ao devido processo legal” e afirma que, embora não defenda as tarifas impostas ao Brasil pelo governo dos Estados Unidos, do presidente Donald Trump, a crise entre os dois países foi causada por Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

“O governo Lula parece ter a intenção de provocar o caos no Brasil e depois atribuir isso a Trump, para explorar um cenário caótico que, na realidade, foi criado por suas próprias políticas”, disse a mulher de Bolsonaro.

Apesar de não ser o nome favorito do bolsonarismo para concorrer à Presidência, Michelle aparece nas pesquisas internas do PL como a candidata mais competitiva da direita, à frente de Tarcísio. A decisão sobre eventual candidatura, contudo, dependerá de Bolsonaro.

Parte do PL chegou a cogitar lançar Michelle como vice na eventual chapa de Tarcísio ao Planalto. Entretanto, os defensores da carreira política da ex-primeira-dama rechaçam essa ideia. Até o momento, a ideia é que ela concorra ao Senado no DF.

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