Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 10 de agosto de 2025
Um “patch” (atualização) de segurança lançado pela Microsoft no início deste mês não conseguiu corrigir totalmente uma falha crítica no software SharePoint – a principal plataforma de gestão e compartilhamento de documentos da Microsoft. A falha havia sido identificada numa competição de hackers em maio, abrindo caminho para uma ampla operação global de ciberespionagem.
Um porta-voz da Microsoft confirmou que a correção inicial não funcionou. O porta-voz disse que a empresa lançou correções adicionais que resolveram o problema.
A Microsoft informou que dois supostos grupos de hackers chineses – Linen Typhoon e Violet Typhoon – estavam explorando as vulnerabilidades, em conjunto com outro grupo de hackers baseado na China. A Microsoft e a Alphabet disseram que hackers ligados à China provavelmente estavam por trás da primeira onda de ataques. Em nota, a embaixada chinesa nos EUA diz que a China se opõe a todas as formas de ciberataques e que “difamar outros sem provas concretas” é inaceitável.
A vulnerabilidade que facilitou o ataque foi identificada pela primeira vez em maio em uma competição de hackers em Berlim, organizada pela empresa de cibersegurança Trend Micro, que ofereceu recompensas em dinheiro pela descoberta de erros em softwares populares.
A empresa ofereceu um prêmio de US$ 100 mil por explorações “zero-day” – assim chamadas porque aproveitam fraquezas digitais até então não diviugadas.
Um pesquisador que trabalha para o braço de cibersegurança da Viettel, empresa de telecomunicações operada pelo exército do Vietnã, identificou um erro no SharePoint durante o evento, apelidou-o de ToolShell e demonstrou um método de exploração da falha. O pesquisador levou os US$ 100 mil.
Em nota, a Trend Micro disse que é responsabilidade dos fornecedores participantes de sua competição corrigir e divulgar falhas de segurança de maneira “efetiva e oportuna”. Acrescentou: “ ‘Patches’ ocasionalmente falham. Isso já aconteceu com o SharePoint no passado.”
Microsoft vai acabar com o Lens, app que digitaliza documentos
Era 2015 quando a Microsoft anunciou o Office Lens para Android e iPhone. Trata-se de um aplicativo que digitaliza documentos capturados com a câmera do celular. A ferramenta é prática e gratuita, e funciona até hoje, atualmente sob o nome Microsoft Lens. Mas ela não vai durar muito mais tempo.
Na verdade, a ferramenta surgiu em 2014 como um dos vários recursos do finado Windows Phone. Nessa plataforma, o então o Office Lens conquistou uma legião de adeptos. Talvez isso explique a decisão da Microsoft de lançar o Office Lens em plataformas rivais.
A facilidade de uso contribuiu para o Microsoft Lens ser bem aceito. Basicamente, você só precisa tirar uma foto daquilo a ser digitalizado e, na sequência, o aplicativo faz os ajustes visuais necessários para transformar o conteúdo capturado em um arquivo.
Microsoft Lens vai ser descontinuado até o fim do ano com base no seguinte cronograma:
setembro de 2025: o processo de descontinuação terá início;
outubro de 2025: não será mais possível instalar o Microsoft Lens a partir da App Store ou Google Play Store;
novembro de 2025: o Microsoft Lens será totalmente removido das lojas de aplicativos;
dezembro de 2025: o app do Microsoft Lens não digitalizará mais imagens.