Quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Ministério da Agricultura cria centro de emergência para controlar a gripe aviária

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou um Centro de Operações de Emergência Agropecuária para controlar a gripe aviária no País. De acordo com o Mapa, o novo centro será responsável por uma série de ações de enfrentamento à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), registrada pela primeira vez no Brasil neste mês, em aves silvestres.

Segundo o governo, até agora, oito casos de H5N1 foram confirmados em aves silvestres no Brasil, sendo sete no Espírito Santo e um no Rio de Janeiro. Não há diagnósticos da doença entre humanos ou em aves para consumo.

O COE-Mapa Influenza Aviária deverá divulgar informações à população e adotar mecanismos de apoio aos órgãos do Mapa para combate ao avanço de casos de IAAP.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o risco de contaminação entre humanos é baixo, mas as ações de prevenção são importantes porque com a circulação contínua da doença, há potencial de o vírus sofrer mutações, tornando-o mais contagioso.

As infecções podem acontecer por meio do contato com aves contaminadas, vivas ou mortas. Por isso, não é recomendado tocar e nem recolher aves doentes.

Emergência

Na última segunda-feira (22), o Mapa declarou emergência zoossanitária por 180 dias por causa da gripe aviária.

O que é o estado de emergência zoossanitária decretado pelo Mapa
Esse estado é declarado sempre que há um risco de uma doença oriunda de um animal se propagar rapidamente, e é uma forma de o governo se antecipar a um surto da doença.

A maior preocupação, neste momento, é evitar que a gripe aviária chegue nas granjas e na criação de aves para a alimentação própria.

Vacina

O Instituto Butantan começou a desenvolver uma vacina contra a gripe aviária. O processo ocorre desde janeiro deste ano.

Segundo o instituto, os testes estão sendo realizados com cepas vacinais que foram cedidas pela OMS e o primeiro lote já está pronto para o início dos testes pré-clínicos, ou seja, testes em laboratório.

No Brasil, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, no dia 15 de maio foram registrados os primeiros casos confirmados da doença em aves marinhas e silvestres.

Ainda de acordo com o Butantan, a vacina começou a ser desenvolvida por conta da preocupação de que ela possa se tornar uma nova pandemia.

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