Domingo, 06 de julho de 2025

Ministério da Agricultura registra 222 mortes de cavalos com suspeita de ração contaminada

O Ministério da Agricultura registrou a morte de 222 cavalos em cinco Estados após a notificação de casos envolvendo ração contaminada. Os óbitos ocorreram em São Paulo (83), Rio de Janeiro (69), Alagoas (65), Goiás (4) e Minas Gerais (1). Outras 195 notificações também são investigadas.

Segundo nota divulgada pela pasta na quinta-feira, 3, os animais mortos teriam ingerido rações fabricadas pela Nutratta Nutrição Animal Ltda, sediada em Itumbiara (GO). Nas últimas semanas, a empresa emitiu comunicados afirmando que investiga os casos e segue todos os critérios estabelecidos pelo governo brasileiro.

A primeira denúncia ocorreu no dia 26 de maio. Desde então, o ministério afirma que realizou duas fiscalizações na empresa, que fabrica rações para equinos e ruminantes.

“Durante as inspeções foram constatadas irregularidades que motivaram a suspensão cautelar da atividade de fabricação de todas as rações da empresa”, afirmou a pasta. À medida que mais informações sobre as mortes eram obtidas com as investigações, o ministério suspendeu a comercialização de todos os produtos elaborados pela Nutratta.

Há ainda outras 195 notificações de casos suspeitos sendo investigadas, sendo 40 no sudoeste da Bahia, 70 em Goiânia, 34 em Jarinu (SP), 10 em Santo Antônio do Pinhal (SP), 18 em Uberlândia (MG), 8 em Guaranésia (MG), 8 em Jequeri (MG) e 7 em Mariana (MG).

De acordo com o governo, a apuração dos casos é difícil pela falta de comunicação formal via Ouvidoria, que é o canal oficial para registro das denúncias. Outro fator é a natureza dos sintomas apresentados pelos animais, que podem surgir tardiamente, após a interrupção do uso da ração. Por isso, não há um número preciso do total de mortes. A contaminação é marcada por insuficiência hepática seguida de piora repentina.

No dia 7 de junho, a Nutratta emitiu um comunicado nas redes sociais afirmando que havia iniciado uma apuração rigorosa dos fatos e que estava colaborando com os órgãos de controle. Ainda segundo a empresa, não havia qualquer evidência de contaminação ou falha nos produtos destinados à bovinocultura. Em relação à linha equina, a empresa afirmou que a fábrica havia sido interditada pelo Ministério da Agricultura e que todas as exigências estavam sendo cumpridas.

No dia 19, a fabricante publicou uma nova nota, informando que o governo determinara o recolhimento de todos os lotes de ração para cavalos fabricados a partir de novembro de 2024. “Com mais de uma década de atuação no mercado prezando pela segurança alimentar, a Nutratta está tratando os fatos com extrema seriedade e se solidariza com todos os criadores que foram impactados nesse momento difícil.”

O Ministério da Agricultura não atualizou as informações publicadas na última quinta-feira e também não teceu novos comentários.

(Com informações do O Estado de S.Paulo)

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