Domingo, 22 de junho de 2025

Ministério do Turismo diz que vai reunir entidades para avançar em regulamentação de voos com balão

O Ministério do Turismo afirmou, em nota, que deve se reunir na próxima semana com entidades ligadas ao balonismo turístico para discutir uma regulamentação específica para a atividade no Brasil. Nesse sábado (21), um balão tripulado que levava 21 pessoas a bordo despencou do céu em Praia Grande (SC) após pegar fogo. Oito pessoas morreram e 13 sobreviveram.

De acordo com as autoridades, o acidente teria sido causado por um maçarico que estava no cesto da estrutura, que pegou fogo em pleno voo.

Em nota, o Ministério do Turismo lamentou o acidente e afirmou que desde o início do ano tem trabalhado em parceria com o Sebrae e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para regulamentar o balonismo para fins turísticos no País.

“A expectativa é que, já na próxima semana, haja um avanço significativo nesse processo, em decorrência de uma reunião com as entidades envolvidas no tema”, afirmou o ministério.

Segundo a pasta, a proposta é criar uma regulamentação específica e clara para a operação de voos de balão em atividades turísticas, com o objetivo de garantir a segurança dos praticantes e estimular o desenvolvimento do setor.

A Anac informou que monitora a tragédia e que está tomando as previdências para analisar se o piloto e o balão que caiu tinham autorização para operar voos.

“A Agência está adotando as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e da tripulação. A Anac acompanha os desdobramentos das investigações”, informou em nota.

Lacuna na regulamentação

Para Luiz Del Vigna, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), o uso do balonismo como atração turística escapa da regulamentação clara.

Segundo ele, embora a prática seja desportiva, quando comercializada como serviço turístico, deve seguir regras previstas na Lei Geral do Turismo e no Código de Defesa do Consumidor.

Nesses casos, as empresas que oferecem o passeio deveriam ter um sistema de gestão de segurança.

Atividade de risco

Segundo a Anac, o balonismo é reconhecido como uma atividade desportiva, considerado de alto risco e “ocorre por conta e risco dos envolvidos”.

A agência também afirmou que as aeronaves registradas para esse tipo de prática não são certificadas e não possuem garantia de aeronavegabilidade.

Além disso, não há uma habilitação técnica específica emitida pela Anac para operação de balões. A responsabilidade pela segurança da atividade é dos praticantes e operadores.

 

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