Terça-feira, 30 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 30 de dezembro de 2025
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a defesa de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, se manifeste no prazo de 24h sobre uma possibilidade de descumprimento de medidas cautelares impostas pelo ministro. A decisão de Moraes é desta segunda-feira (29).
Na semana passada, Moraes determinou a prisão domiciliar de Filipe Martins e outros nove condenados na trama golpista para evitar o risco de novas tentativas de fuga, como feito pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal no governo Bolsonaro.
Além da prisão domiciliar, Moraes impôs medidas cautelares como a proibição do uso de redes sociais. No pedido de esclarecimentos desta terça-feira, Moraes afirma que “em 29/12/2025, foi juntado aos autos notícia de que o réu condenado teria utilizado a rede social Linkedn para a busca de perfis de terceiros”.
Filipe Martins foi condenado a 21 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, em julgamento realizado no dia 16 de dezembro.
Risco de novas tentativas de fuga
No último sábado (27), a Polícia Federal cumpriu 10 mandados de prisão domiciliar contra condenados pela Primeira Turma do STF por tentativa de golpe de Estado.
As prisões domiciliares foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, um dia após a prisão do ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques, no Paraguai, enquanto ele tentava fugir, com documentos falsos, para El Salvador.
De acordo com a PF, as ordens judiciais foram cumpridas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal, com apoio do Exército Brasileiro em parte das ações.
Nas decisões em que determinou as prisões domiciliares dos 10 alvos, Moraes cita a tentativa de Silvinei e a fuga de Alexandre Ramagem, que também foi condenado pelo STF e está nos Estados Unidos.