Sábado, 02 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 1 de agosto de 2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) afirmou nesta sexta-feira (1º) que o aceno feito por Donald Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que o petista pode ligar quando quiser é “ótimo”.
“Eu acho ótimo, né? E a recíproca eu tenho certeza que é verdadeira, também. O presidente Lula estaria disposto a receber um telefonema dele quando ele quisesse também. E, conforme eu já disse anteriormente, é muito importante a gente preparar esse encontro, preparar essa conversa”, disse Haddad.
Nesta tarde, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ligar para ele “quando quiser”.
Na sequência, ao ser perguntado sobre o que estaria em pauta para o Brasil, completou: “Vamos ver o que acontece. Eu amo o povo brasileiro”.
Ao ser indagado sobre o fato de as tarifas aplicadas ao País não parecem ter ligação com questões comerciais, Trump afirmou que “as pessoas que governam o Brasil fizeram a coisa errada”.
Haddad afirmou ainda que deve conversar com secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em breve. A reunião pode acontecer na próxima semana, mas ainda não há data fechada para o encontro.
Fernando Haddad afirmou que a equipe do Ministério da Fazenda entrou em contato com a equipe de Bessent para alinhar o encontro.
“Então finalmente nós vamos ter uma reunião mais longa e mais focada na decisão, até aqui unilateral dos Estado Unidos, em relação ao Brasil”, afirmou o ministro.
O ministro da Fazenda também afirmou que o diálogo pode ajudar a preparar uma conversa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o presidente norte-americano, Donald Trump.
Quando perguntado se o fato das tarifas entrarem em vigor, o que deve acontecer na próxima quarta-feira, poderia fazer com que o Brasil deixasse de negociar, o ministro afirmou que “não tem essa vinculação”.
“Já disse também que, o fato de a medida passar a vigorar, não vai fazer com que o Brasil saia da mesa de negociação”, disse Haddad.
Haddad afirmou também que a aplicação da lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), poderá ser tema da conversa.
“Dentre outras coisas, está sob a alçada do secretário do Tesouro a lei que disciplina essa coisa de contas correntes, de autoridades . Então, até por essa razão… Vale a pena uma conversa com o Bessent antes, para nós esclarecermos, sobretudo, com o secretário, como funciona o sistema judiciário brasileiro”, afirmou Haddad.