Terça-feira, 18 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 18 de novembro de 2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (18) que o governo federal vai dar suporte ao BC (Banco Central) para lidar com as consequências da liquidação extrajudicial do Banco Master.
“O que cabe à Fazenda é dar suporte às consequências desse ato. Se houver, nós estamos aqui prontos para colaborar”, disse Haddad.
Na avaliação do ministro, se o BC decidiu liquidar a instituição financeira, é porque o processo está “robusto”. A autoridade monetária tomou a decisão horas após o Grupo Fictor ter indicado o interesse em comprar o Banco Master.
“O BC é o órgão regulador do sistema financeiro. Eu tenho certeza que, para ter chegado a esse ponto, todo esse processo deve estar muito robusto. Mas, enfim, o que eu acompanhei foi mais em relação à CVM [Comissão de Valores Mobiliários]. Já falei para vocês que tivemos problema na CVM também. O BC é o órgão regulador e ele que se manifesta”, disse Haddad.
A liquidação extrajudicial é o regime de resolução que se destina a interromper o funcionamento de uma instituição e promover a sua retirada, de forma organizada, do Sistema Financeiro Nacional. Segundo o BC, a medida ocorre em situação de insolvência irrecuperável ou quando forem cometidas graves infrações às normas que regulam a atividade da instituição financeira, entre outras hipóteses legais.
A autarquia pode intervir quando uma instituição financeira mostrar grave comprometimento do seu patrimônio ou dificuldade de honrar seus compromissos. Nesses casos, o BC pode determinar aos seus controladores que aportem os recursos necessários, transfiram o controle, reorganizem a sociedade ou adotem medidas de recuperação.
Essas ações são também conhecidas como solução de mercado. Conforme a evolução e gravidade dos problemas ou na situação de ocorrência de graves infrações às normas que regulam sua atividade, o BC pode intervir diretamente na instituição por meio de um Regime de Resolução.