Quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Ministro da Justiça diz que indenizará família de vítima de “câmara de gás” da Polícia Rodoviária Federal

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou ter determinado o pagamento de indenização à família de Genivaldo de Jesus Santos, morto durante uma abordagem por agentes da Polícia Rodoviária Federal, em maio de 2022, no Sergipe. Dino disse ser “clara a responsabilidade civil, à luz da Constituição”, pela morte de Genivaldo, que foi asfixiado após ser trancado numa viatura em Umbaúba (SE).

Laudos periciais, enviados à Polícia Federal no Sergipe, confirmaram que Genivaldo morreu por “asfixia mecânica com reação inflamatória das vias aéreas”. O caso ficou conhecido como “câmara de gás”.

“Genivaldo morreu, em 2022, em face de uma ação de policiais rodoviários federais, em Sergipe. É clara a responsabilidade civil, à luz da Constituição. Determinei ao nosso secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, providências visando à indenização legalmente cabível”, afirmou o ministro Flávio Dino, em uma rede social.

Repercussão

O caso envolvendo agentes da PRF teve grande repercussão. À época, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “a PRF faz um trabalho excepcional para todos nós. Nos momentos difíceis, são os primeiros a chegar. A Justiça vai decidir esse caso e será feita justiça sem exageros e sem pressão por parte da mídia, que sempre tem tomado o lado da bandidagem, sempre tomam as dores do outro lado. Vamos ter o devido processo legal e fazer justiça”.

No dia 25 de maio de 2022, Genivaldo de Jesus Santos foi abordado por policiais rodoviários federais por transitar sem capacete em um trecho da BR-101, no interior sergipano. Durante a ocorrência, ele foi imobilizado, recebeu spray de pimenta no rosto e foi colocado no porta-malas de uma viatura da PRF. Os agentes acionaram gás lacrimogêneo e fecharam o veículo.

Na ocasião, além da PF e da PRF, o Ministério Público Federal (MPF) também abriu investigações para apurar a ação dos agentes. Procurado, o Ministério da Justiça não respondeu.

Este não é o primeiro caso de violência que Dino diz querer reparar. O ministro vem reiterando que deve reforçar as investigações a respeito da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), executada em 2018, no Rio. Nesta semana, Flávio Dino afirmou que vai procurar o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para tratar do caso e defendeu federalizá-lo.

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