Sábado, 25 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de julho de 2025
Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes voltou a publicar texto nesta sexta-feira (11), agora em inglês, em que defende a atuação da Suprema Corte, afirmando que o Brasil vive capítulo inédito “na história da resistência democrática”.
As publicações são resposta ao ato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em impor tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras e exigir o encerramento da ação que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de orquestrar golpe de Estado após ser derrotado na eleição de 2022.
A mesma nota havia sido publicada na noite desta quinta-feira, 10, em português. O pronunciamento ocorre mesmo após o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, combinar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que os integrantes do tribunal não se manifestariam sobre o caso e que a defesa contra as críticas do governo americano ficaria sob responsabilidade do Itamaraty.
O ministro Flávio Dino também se manifestou. Embora não tenha citado os Estados Unidos nem feito referência a Trump, ele disse considerar uma honra integrar o STF, Corte que em sua visão exerce “com seriedade” a função de proteger “a soberania nacional, a democracia, os direitos e as liberdades”.
Nas publicações, Gilmar afirma que as decisões judiciais no Estado Democrático de Direito são respostas “aos riscos factuais de violação da ordem jurídica”, e que nenhum outro parlamento nacional presenciou “uma campanha colossal de desinformação” das empresas de tecnologia, que “com mentiras e narrativas alarmistas, sabotaram o debate democrático sobre modernização dos marcos regulatórios”.
“Nenhuma outra Suprema Corte no mundo sofreu ataques tão virulentos à honra de seus magistrados, incluindo planos de assassinato arquitetados por facções de grupos eleitorais derrotados”, acrescentou.
(Com O Estado de S.Paulo)