Quarta-feira, 19 de março de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 8 de fevereiro de 2023
Ministros e técnicos do governo avaliam que as duras críticas do presidente Lula ao Banco Central e à autonomia da instituição estão acima do tom e atrapalham o trabalho da equipe econômica.
Integrantes do Executivo querem ver a “briga” de Lula contra o órgão “arrefecer o quanto antes”. “Essa ofensiva está acima do tom e é hora de deixar a equipe econômica trabalhar”, disse um dos ministros da área.
O entendimento deles é de que Lula está agindo “ideologicamente”, mas precisa compreender que o Banco Central não baixou juros em razão de um contexto mais amplo e que a taxa não é calculada somente baseada no consumo. Além disso, avaliam ser função do governo dar os sinais necessários aos agentes econômicos, entre os quais a definição da âncora fiscal e a análise da reforma tributária, segundo informações divulgadas pela GloboNews.
Para os ministros, embora haja divergências quanto ao conteúdo do texto que será analisado no Congresso, a necessidade de uma reforma no sistema tributário é uma unanimidade no mercado.
Na segunda-feira (06), o presidente Lula fez novas críticas ao Banco Central. Ele utilizou a cerimônia de posse de Aloizio Mercadante como presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para, mais uma vez, elevar o tom contra a política monetária conduzida pelo autoridade monetária.
Na ocasião, o presidente criticou a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano.