Domingo, 21 de dezembro de 2025

Moradora de Bento Gonçalves é a primeira vítima fatal da dengue no Rio Grande do Sul em 2023

O Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmou, nesta quinta-feira (16), o primeiro óbito por dengue no Rio Grande do Sul em 2023. Trata-se de uma mulher, de 49 anos, residente do município de Bento Gonçalves.

A vítima, que tinha histórico de hipertensão arterial, teve os primeiros sintomas em 9 de março, com febre, mialgia (dor muscular), cefaleia (dor de cabeça), náuseas, vômitos, dor abdominal, inapetência e dispneia. Internada na terça-feira (14), ela veio a falecer na quarta-feira.

Cenário no Estado

Neste ano, já foram confirmados no Rio Grande do Sul 873 casos autóctones da doença– isto é, quando o contágio ocorre dentro do Estado. No ano passado, o RS registrou os maiores índices da doença em toda sua série histórica. Foram mais de 57 mil casos autóctones, outros 11 mil casos importados (quando o contágio ocorre fora do Estado) e 66 óbitos em virtude da dengue. Os dados deste ano estão atualizados até esta quinta-feira (16).

Ações do governo – O combate à dengue no Estado teve, somente em 2023, um investimento extra por parte da Secretaria da Saúde (SES), que, em fevereiro, fez um repasse financeiro de R$ 5,53 milhões para os municípios. O objetivo foi a implementação de ações de Atenção Primária à Saúde voltadas ao enfrentamento das arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika). Os repasses foram feitos para utilização na manutenção e na estruturação das ações das Equipes de Saúde da Família e das Unidades de Saúde da atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os repasses ocorrem mediante a apresentação de Planos Municipais de Contingência para Arboviroses, nos quais são descritos os objetivos de qualificar o diagnóstico e o atendimento à população, além das formas de prevenção à circulação do mosquito.

Sobre a dengue

A dengue é uma doença febril causada por um vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira). Os sinais podem se agravar, ocasionando o extravasamento de plasma ou hemorragias que podem levar a pessoa ao choque grave e à morte.

Ao apresentar sintomas, a pessoa deve procurar um serviço de saúde, ingerir bastante água e evitar uso de medicamentos por conta própria. O serviço médico fornecerá as orientações necessárias para cada caso. Algumas informações gerais são importantes: repousar; passar repelente corporal (para evitar que um mosquito se infecte); utilizar roupas que cubram braços, pernas e pés (a fim de diminuir as áreas disponíveis para o mosquito se alimentar); e utilizar mosquiteiro, principalmente com pessoas acamadas.

O diagnóstico de casos suspeitos deve levar em consideração as questões clínicas (sintomas) e epidemiológicas – como, por exemplo, se o local de moradia ou trabalho é infestado pelo mosquito e se existem outras pessoas com dengue na região.

Os exames laboratoriais são auxiliares na investigação, e não é necessário saber o resultado para iniciar o tratamento. Para essas suspeitas, podem ser realizados exames de laboratório inespecíficos (como hemograma com contagem de plaquetas) e específicos (que pesquisam a presença do vírus no corpo ou, então, anticorpos que reagiram à presença do vírus).

Prevenção

A principal forma de evitar a doença é a eliminação dos potenciais criadouros do Aedes aegypti. O inseto se reproduz em locais com água parada, por isso, algumas das principais recomendações previstas são:

– eliminar água parada dos pratinhos e vasos de plantas;
– manter caixas d’água tampadas;
– colocar tela nos ralos de água da chuva;
– secar pneus e protegê-los da chuva;
– limpar calhas da residência;
– escovar os pratos e trocar a água dos animais de estimação (uma vez por semana);
– manter piscinas limpas e com água tratada.

Mais informações em dengue.saude.rs.gov.br.

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