Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 26 de novembro de 2025
Para o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é uma tentativa do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de levar seu pai à morte antes das eleições de 2026 e forçar um candidato a presidente sem o sobrenome da família.
O parlamentar, tornado réu no Supremo por coação no curso do processo, vê o cerco se fechar contra si e diz que a conjuntura atual torna “inviável” seu retorno ao Brasil. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo nesta terça-feira (25).
O ex-presidente começou nesta terça-feira a cumprir a sentença de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Ele continua numa cela especial na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília, onde está desde sábado (22), quando passou a cumprir prisão preventiva após violar a tornozeleira eletrônica.
Eduardo diverge do que foi decidido pelo seu partido, o PL, nesta segunda-feira (24). O encontro na sede da legenda reuniu cerca de 50 parlamentares, teve o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ungido como porta-voz do pai e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro cobrando que os correligionários parem de lavar roupa suja em público.
Para Eduardo, no entanto, “sempre haverá confusão” sobre quem fala por Bolsonaro enquanto ele estiver preso, e é preciso reagir publicamente a atritos públicos entre bolsonaristas. O deputado também diz que não deve nada ao PL, ao defender sua atuação em solo americano.
Eduardo falou também em relação à prisão preventiva no fim de semana onde Bolsonaro disse que danificou a tornozeleira por curiosidade e depois citou uma paranoia como resultado da mistura dos medicamentos.
“Quem tem responsabilidade nisso é o Moraes. Absolutamente nenhum bandido do Brasil está com tornozeleira eletrônica 24 horas por dia, policiais ao redor da sua casa. Moraes quer humilhar, pressionar, torturar psicologicamente. Quem quer tirar a tornozeleira corta a pulseira, não abre o dispositivo em si. A intenção do Moraes é assassinar o Bolsonaro. Eles pressionaram ao máximo, ameaçaram para que o Bolsonaro indicasse um sucessor que fosse do gosto de Alexandre de Moraes. O Bolsonaro, valentemente, se recusou a fazê-lo, ainda sabendo que poderia pagar anos e décadas de prisão em virtude disso. Então, o Moraes agora está apelando para ver se consegue matar o Bolsonaro antes da eleição de 2026”.