Quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Morte de cães causa interdição de fábrica de petiscos em São Paulo

O Ministério da Agricultura determinou a interdição da fábrica da Bassar Pet Food em São Paulo e o recolhimento nacional de todos os lotes de produtos da empresa, depois da morte de ao menos nove cachorros em São Paulo e em Minas por suspeita de intoxicação após o consumo de petiscos da marca.

A pasta informou que a medida é preventiva e poderá ser alterada em razão das informações que venham a ser obtidas com as investigações que estão sendo conduzidas. Em nota, a fabricante disse que decidiu interromper a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação.

Ao menos nove cachorros morreram em São Paulo e em Minas, sendo a maioria deles com quadro de falência renal. A causa suspeita das mortes é intoxicação após o consumo de três tipos de petiscos. O Ministério da Agricultura determinou ainda o recolhimento dos produtos investigados.

Registros

A Polícia Civil de Minas afirmou que, além de Minas e São Paulo, o Distrito Federal e outros Estados têm relatos de casos de intoxicação: Rio, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Goiás. Em Minas, até agora foram confirmadas oito mortes e seis internações de cachorros com os mesmos sintomas, segundo a delegada Danúbia Quadros, responsável pelas investigações. Laudo preliminar divulgado pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, a partir da necropsia de dois dos animais intoxicados, identificou a presença de monoetilenoglicol no corpo de um deles.

“Estamos aguardando a entrega do laudo (da perícia) para concluir a causa das mortes em Minas”, explicou Danúbia. “Com relação aos cães que foram encaminhados pelos tutores à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), temos laudo preliminar sugerindo intoxicação dos animais. Aguardamos agora o laudo por parte da Polícia Civil para verificar se as informações do laudo preliminar se confirmam para concluir a causa da morte dos animais”, afirmou a delegada. Ainda não há prazo para o laudo da polícia ser concluído.

De acordo com o laudo preliminar da UFMG, um dos cães morreu de insuficiência renal e uma das possibilidades que poderia ter causado esse quadro seria a intoxicação por etilenoglicol, substância tóxica usada como anticongelante.

Segundo a perita criminal Renata Fontes, desde o início da semana a polícia mineira vem recebendo materiais trazidos por tutores dos animais supostamente identificados com a intoxicação. “Fizemos alguns exames e, até agora, identificamos o monoetilenoglicol em um dos diversos produtos que estamos recebendo, mas ainda existem muitos outros a serem encaminhados para análise, que ainda está em andamento. Ainda há muito trabalho a ser feito para chegarmos a uma conclusão mais precisa.”

Em São Paulo, a tutora de um animal fez um boletim de ocorrência, conforme informou a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), após um cachorro da raça sptiz alemão morrer depois de ingerir petiscos da Bassar, na última semana, no Campo Belo, zona sul da capital.

A dona do animal, uma mulher de 32 anos, contou que havia comprado o produto para seu cão e, após a ingestão, ele começou a apresentar vômitos e diarreia, além de se recusar a beber água e se alimentar. “Ele foi internado em um centro veterinário, onde seu quadro clínico acabou piorando. Os petiscos foram apreendidos e encaminhados ao Instituto de Criminalística (IC)”, disse.

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