Sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 9 de outubro de 2025
O Inter está prestes a discutir uma das reformas mais significativas de seu estatuto nos últimos anos. A proposta, elaborada pela Comissão de Assuntos Estatutários a partir de sugestões de associados, foi oficialmente colocada na mesa do Conselho Deliberativo e poderá alterar profundamente o processo eleitoral e a estrutura política do clube.
O texto-base da reforma estatutária traz mudanças que impactam diretamente o funcionamento democrático do clube. Entre os destaques estão:
Peso do voto dos sócios: Atualmente, todos os associados têm voto com peso 1. A proposta prevê que sócios com 10 a 20 anos de associação tenham peso 2, e aqueles com mais de 20 anos, peso 3.
Número de candidatos no segundo turno: Hoje, apenas os dois mais votados entre os conselheiros disputam o segundo turno. A nova proposta permite que um terceiro candidato participe, desde que tenha ao menos 20% dos votos no primeiro turno. Isso abre a possibilidade de até três turnos de votação.
Redução de conselheiros: O número de conselheiros eleitos pode cair de 300 para 260, visando enxugar a estrutura deliberativa.
Regras para SAF, uniforme e impeachment: A reforma também estabelece critérios para a eventual transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), regulamenta o uso de um terceiro uniforme e define os casos que podem levar ao impeachment do presidente e dos vice-presidentes do Conselho de Gestão.
A votação do novo estatuto deve ocorrer entre o fim de outubro e o início de novembro. Inicialmente, os conselheiros vão decidir sobre o texto-base, que será aprovado ou rejeitado integralmente. Caso aprovado, os três destaques serão votados separadamente, todos por maioria simples.
Mesmo com aprovação no Conselho Deliberativo, o novo estatuto ainda precisará passar por uma Assembleia Geral com os sócios, também por maioria simples. A data desta assembleia ainda não foi definida.
As mudanças propostas refletem um esforço do clube em modernizar sua governança, ampliar a representatividade dos sócios e preparar o terreno para decisões estratégicas, como a eventual adoção do modelo SAF. O debate promete movimentar os bastidores políticos do Beira-Rio nas próximas semanas.